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Educação sob governo Bolsonaro? Só ladeira abaixo; veja por quê

Além de colecionar uma série de tropeços no governo, Bolsonaro também bagunçou a Educação. Desde que tomou posse, não há um projeto sólido e coerente com os estudantes brasileiros e as poucas propostas são totalmente fantasiosas.

No MEC, sob comando de Abraham Weintraub, eles fazem uma guerra santa contra o patrono da educação brasileira, Paulo Freire, ignoram projetos necessários e se envolvem em polêmicas toscas como briguinhas com jornalistas e famosos no Twitter. 

Se só as bizarrices não são suficientes, vamos mostrar o total deslocamento da realidade nesse governo com ideias do século passado. Se liga:

A chacota começou com Vélez

Antes de Weintraub, quem ocupou o posto no Ministério da Educação foi Ricardo Vélez. Diferente do atual ministro, ele não era blogueirinho nem causava nas redes, mas sua paralisia era tão grande que ele mal conseguia responder os questionamentos de parlamentares no Congresso. A gestão não passou dos 100 primeiros dias de governo, logo ele caiu.

Problemas na escola? Canta o hino

A única coisa que Vélez fez que marcou (de forma péssima) sua gestão foi a famosa carta com slogan eleitoral para ser lida e filmada nas escolas, junto com a execução do Hino Nacional. As reações de vários setores, instituições e parlamentares foi quase imediata. Respondemos com a campanha #MinhaEscolaDeVerdade e protestos na Câmara dos Deputados.

Novos investimentos nada, só cortes

“Universidades que estiverem fazendo balbúrdia terão sua verba reduzida”. Weintraub usava essa desculpa para o corte em três instituições, depois ampliado para 30% de corte em TODA A REDE federal, incluindo os IFs. Foi quando o movimento estudantil puxou a maior resistência contra o governo, até agora: o #TiraAMãoDoMeuIF e o #TsunamiDaEducação com mais de 1,5 milhão de pessoas nas ruas. Sabe qual foi a reação de Bolsonaro? Chamar os estudantes de “idiotas úteis e massa de manobra”.

Intervenções antidemocráticas é com eles mesmos

Intervenções na democracia interna de instituições de ensino são frequentes desde 2019 e demonstram que o governo não respeita os resultados das nomeações para reitoria de IFs e universidades. O caso mais recente foi no IFRN e no IFSC, onde foram designados reitores temporários que não venceram as eleições. Isso acontece frequentemente no governo Bolsonaro que tenta a todo custo colocar suas próprias preferências em cargos importantes.

Programas essenciais seguem indefinidos

Enquanto as polêmicas pipocam quase diariamente, Bolsonaro ignora os principais programas federais para a educação pública. Entre eles, o mais importante é o Fundeb que segue indefinido e escanteado pelo governo. Outros programas também carecem de atenção como o Mais Educação, Mais Alfabetização, Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (PNATE) e Programa de Apoio à Implementação da Base Nacional Comum Curricular (ProBNCC).

PNE à deriva

O Plano Nacional de Educação segue sem nenhuma definição ou movimentação do governo, que prefere criar uma crise política no meio de uma crise de saúde rolando numa crise econômica. Com 80% das metas estagnadas, não há qualquer vontade de Bolsonaro em mexer nesse projeto tão importante e fruto da luta do movimento estudantil.

Bolsonaro não quer escola, quer quartel

Modelos de excelência do ensino público como os IFs são ignorados pelo governo Bolsonaro que prefere investir na militarização de escolas. Segundo o próprio presidente, é preciso “impor” o modelo educacional. Além do método não ser uma solução para resolver os problemas das escolas, os estudantes são submetidos às regras comportamentais dos militares. Bolsonaro prefere coronel na direção do que política de valorização de professores, incentivo à permanência estudantil ou investimentos no ensino.

Ensino superior? Só pra elite

Desde Temer, já há um verdadeiro de desmonte das políticas de acesso à universidade e Bolsonaro só agrava isso. Prouni e Fies andam cada vez mais tendo sua abrangência diminuída. A verdade é que não querem o estudante da escola pública na faculdade. O próprio Vélez disse que “ideia de universidade para todos não existe”

Mesmo com todos esses ataques e tentativas de desmonte da educação pública, os estudantes continuam resistindo. Só durante a pandemia, o movimento estudantil fez mais pelos secundas do que Bolsonaro. Não deixaremos de lutar por um direito fundamental da juventude: ter futuro.