Ubes – União Brasileira dos Estudantes Secundaristas

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“Lanche na escola é barrinha de cereal”, denuncia estudante paulista

Após realizar uma passeata que percorreu a Avenida Paulista, em São Paulo, na manhã desta quinta-feira (28) e o centro da cidade, estudantes da rede estadual de ensino de São Paulo e das Etecs (Escolas Técnicas) ocuparam a sede do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (CPS). A ocupação teve início no período da tarde e tem como pautas centrais a luta contra o corte de verbas na educação e problema da merenda escolar.

A estudante Flávia Medeiros cursa administração na Etec Bezerra, em Perus, zona norte da capital paulista. Ela conta que o problema da merenda precisa ser resolvido. “A única coisa que servem de merenda é uma barrinha de cereal às 10h20 da manhã. Temos quatro microondas, mas apenas dois funcionam”, denuncia.

A ocupação do CPS relembra que o problema da merenda já foi cobrado durante a Jornada Nacional de Lutas pelo Ensino Técnico, série de paralisações por todo estado que desde 2015 pressionava contra a retirada das refeições.

Ainda sem resposta do poder público, os estudantes decidiram ocupar o prédio administrativo do Centro, que é autarquia do Governo do Estado de São Paulo e responsável pela administração de 219 escolas técnicas estaduais e 66 faculdades de tecnologia em mais de 300 municípios paulistas.

“A pauta dos secundaristas da rede técnica é o direito à merenda e o bandejão. E caso não haja, a assistência estudantil que os estudantes precisam receber é o vale alimentação, considerando quem muitos cursos são de período integral”, afirmou o diretor da União Paulista dos Estudantes Secundaristas, Junior Panzariello.

#CPIdaMerendaJá

A abertura da CPI da Merenda na Assembleia Legislativa também mobiliza os estudantes que permanecem na ocupação. Até agora, 24 parlamentares já assinaram pela instalação da comissão, porém, são necessários 32.  Saiba mais aqui.

A Rede Minha Sampa, que reúne ativistas paulistanos, lançou uma plataforma on-line para que cidadãos e movimentos sociais possam pressionar deputados estaduais a criar a CPI.

OCUPAR E RESISTIR

As decisões da ocupação são realizadas democraticamente por meio de assembleias, e estudantes se organizam em comissões de alimentação, comunicação e segurança.

“Nós não vamos sair, a não ser que seja com comida no nosso prato. Tentamos o diálogo anteriormente e não houve resposta. Depois da ocupação, a dirigente do CPS nos chamou para um conversa, mas ainda não esclareceu o que será acordado. Decidiremos os próximos passos depois de uma reunião interna da ocupação”, afirmou Bia, aluna da Escola Técnica de São Paulo (ETESP).

Para doações, os voluntários podem comparecer pessoalmente ao CPS no endereço Praça Fernando Prestes, 30 – Bom Retiro, São Paulo – SP, 01124-060.