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Como o grêmio mudou minha escola

Além de facilitar o diálogo entre estudantes e outras esferas da comunidade escolar, os grêmios podem e devem contribuir muito para um ambiente mais humano e harmônico nas escolas. É o que mostram as histórias destas páginas, vindas de várias partes do Brasil.

Ainda não tem um grêmio no seu colégio? Leia isso.
Veja também: Como o grêmio mudou a minha vida

“Participar do grêmio ensina muito aos estudantes, pois é preciso dialogar, se posicionar, mediar ideias e interesses. E a atuação mantém acesa a crença de que é possível ter uma educação e um país melhor”, diz Danilo Ramos, diretor de Grêmios da UBES.

Para ele, não há como construir a educação que a entidade defende sem a participação dos grêmios. “Sonhamos com uma escola democrática e com ampla participação de todxs”, explica.

Confira algumas ideias que conseguem transformar esse sonho em realidade.

 

 

  •  BELO HORIZONTE, MG

Quadra nova, vida nova

Depois de reforma feita pelo grêmio, estudantes realizam campeonato inter-escolas

Cansados de ver a quadra da escola estadual Olegário Maciel com as marcas do campo quase invisíveis, os estudantes do grêmio partiram para a ação. Limparam e refizeram toda a marcação. A partir da mudança no espaço, muito mais interação e práticas esportivas podem acontecer no dia a dia.

Junto com outros grêmios da região central de Belo Horizonte, eles realizam um campeonato inter-grêmios. “Os times vencedores de cada escola disputarão entre si. É uma forma de estimular o esporte e a interação ao mesmo tempo”, comemora Alberto.

 

  • SALVADOR, BA

Festa por um bom motivo

Atividades culturais garantem nova cadeira de rodas para estudante e reformas na escola

Solidariedade, integração e cidadania foram conceitos que o grêmio trouxe para o cotidiano da escola estadual Barros Barreto, no subúrbio de Salvador. Um arraial junino, no primeiro semestre deste ano, reverteu os ingressos de três reais para a compra de uma cadeira de rodas para um colega que estava precisando. Também com dinheiro arrecadado em atividades culturais, o grêmio conseguiu materiais para reformar salas de aulas que tinham azulejos caindo. “É um absurdo o poder público não cuidar da estrutura da escola, mas não conseguíamos ver a situação sem fazer nada”, diz o presidente do grêmio, Rafael Paiva.

 

  • SANTA INÊS, MA

O matagal que virou horta

Além de quiabo, alface e cebolinha, estudantes plantam a ideia de cidadania

“Nossa escola tinha um espaço grande ocupado só por um matagal. Pensei que podíamos usar para alguma coisa”, diz Jaime Bezerra, presidente do grêmio Maria Silva Filha. A direção do Centro de Ensino Josué Diniz Alvez aprovou a ideia e a horta virou até projeto pedagógico! Com a professora de Geografia Josélia Brito, os jovens não aprendem apenas a plantar quiabo, maxixe e couve, mas também as ideias de cidadania e consciência.

Em esquema de mutirão, os estudantes se dividem em grupos para cuidar da plantação. Toda a comunidade pode participar do projeto, que vai fornecer alimentos para a merenda escolar.

 

  • MANAUS, AM

Depois daquele assalto

Rádio do grêmio mobilizou estudantes e conseguiu mais segurança para a escola

Em julho de 2016, assaltantes entraram pela quinta vez na escola estadual Dom João de Souza Lima, em Manaus, e fizeram dois jovens de reféns. No dia seguinte, o grêmio mobilizou o colégio a parar as aulas e realizou um ato do lado de fora. Mais dois dias de manifestação se seguiram, debatendo a gestão estadual e federal para a educação. Resultado: a secretaria do Estado instalou arame farpado nos muros e contratou agentes para a portaria. “A escola nunca mais foi assaltada”, conclui Julio Silva, secretário-geral do grêmio naquela época. Julio explica que a rádio da escola, criada pelo grêmio no começo do ano passado, foi fundamental para o processo: “Além deixar a escola mais animada e unida, a rádio é um instrumento importante de mobilização”.

 

  • BRASÍLIA, DF

A escola é nossa

Atividade cultural nos intervalos dá voz e aproxima estudantes

Uma atividade do grêmio Honestino Guimarães mudou a realidade dos intervalos no Centro de Ensino Médio Elefante Branco. O projeto de intervalo cultural deixa os estudantes unidos para apresentações de colegas. “Pensamos nisso como uma forma de dar mais visibilidade aos estudantes que tenham bandas, grupo de dança, recitem poemas ou realizem qualquer tipo de arte. Percebemos que chama atenção e envolve muito todo o colégio”, conta satisfeito o presidente do grêmio, Marcelo Acácio.

 

Matéria originalmente publicada no PLUG – set, out e nov / 2017
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