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A luta do povo negro não é de hoje! Conheça esses movimentos históricos do Brasil

Não dá pra continuar aceitando mais tanto racismo no Brasil! Os últimos casos de violência que resultaram na morte dos estudantes Miguel, de 5 anos e João Pedro, de 14 vêm mobilizaram as redes sociais por justiça, combate à violência racista e igualdade racial. A união é fundamental para as mudanças acontecerem e nossa história mostra isso.

Apesar de faltar muito para atingirmos uma sociedade igualitária, não é de hoje que negras e negros lutam por melhores condições de vida e respeito. Em plena pandemia, vemos o debate de racismo ascender por quem está cansado de ver isso acontecendo até no governo federal.

Ao contrário do governo Bolsonaro, que sob Sergio Camargo na Fundação Palmares, chamou o movimento negro de “escória maldita” e atacou religiões de matriz africana, o povo negro brasileiro lutou por muitas causas justas (e luta até hoje!).

Separamos 5 momentos históricos da população negra nas ruas do Brasil:

Conjuração Baiana (1798)

Foi negra e popular umas das maiores revoltas do Brasil! Também conhecida como Revolta dos Alfaiates ou Revolta dos Búzios, as ruas de Salvador (BA) protagonizaram uma das maiores manifestações do tempo que o país vivia uma monarquia. A luta era por uma sociedade mais democrática, republicana e com condições que permitissem a equidade racial no Brasil. A independência do Haiti, primeira república negra do mundo, e a Revolução Francesa influenciaram pela organização da revolta.

Revolta dos Malês (1835)

A Bahia reuniu grandes levantes populares naquele ano e a Revolta dos Malês foi uma das maiores! Contra a escravidão e pela liberdade religiosa, negros oriundos de vários países, mas em sua maioria muçulmanos, protagonizaram um importante levante pela liberdade. A revolta teve uma liderança feminina importante para o país: a Luísa Mahin, que lutou pela liberdade de seu povo até ser presa. Seu filho, Luís Gama, seguiu os passos da mãe e foi um dos maiores abolicionistas do Brasil.

Balaiada (1838-1841)

O povo negro se uniu aos vaqueiros e camponeses no Maranhão contra as péssimas condições de vida que levavam. O movimento, também conhecido como Guerra dos Bem-te-vis, queria combater a pobreza e a miséria que tomavam conta da província. Foi a mais longa e numerosa revolta popular ocorrida na região.

Revolta da Chibata (1910)

Liderada por João Cândido, também conhecido como “Almirante Negro”, o levante foi organizado por marujos negros contra os castigos físicos, baixos salários e as péssimas condições de trabalho da época. Mesmo com a escravidão abolida em 1888, práticas escravagistas continuavam violentando os negros como punições com chicote. Durante uma semana, exigiram o fim das “chibatas”.

Greve dos Queixadas (1962-1969)

Contra as péssimas condições de trabalho, o movimento, também conhecida como a Greve dos Perus, foi a primeira grande greve sindical brasileira. O levante começou numa fábrica de cimentos no bairro do perus, na cidade de São Paulo. A greve durou sete anos, em plena ditadura militar.