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Reprimidos no Senado, estudantes criam campanha para mostrar problemas da escola

Graças à pressão do movimento estudantil e da sociedade, nesta terça-feira (26/2) o ministro da Educação, Ricardo Vélez, reconheceu que errou ao pedir para que estudantes fossem filmados durante leitura de uma carta sua com o bordão eleitoral de seu partido.

A declaração do ministro aconteceu na chegada a uma audiência da Comissão de Educação no Senado, onde estudantes foram reprimidos ao protestar contra a gestão Vélez com cartazes e mordaças. “Queremos ouvir o que o ministro tem a dizer, nosso protesto é silencioso”, denunciou Stefany Kovalski, diretora de Comunicação da UBES, presente no Congresso. Mesmo assim, cartazes não puderam ser exibidos e funcionários da Casa tentaram retirar à força mordaças de estudantes presentes.

Para Stefany, a falta de planos apresentada durante a audiência, marcada para que o ministro apresentasse diretrizes da pasta, mostra o porquê da insistência deste Ministério da Educação com a “Lei da Mordaça”. Durante a sabatina, ele não detalhou nenhum plano nem comentou sobre Plano Nacional de Educação (PNE) ou Fundeb.

“Este programa ‘Escola Sem Partido’ representa apenas censura, retrocesso e falta de projetos concretos para melhorar nossas escolas”, diz Stefany.

#MinhaEscolaDeVerdade

Enquanto Vélez pede que diretores de escola filmem a execução do Hino Nacional após a leitura de uma carta sua saudando “novos tempos”, a UBES incentivou nesta terça uma campanha #MinhaEscolaDeVerdade, para que sejam filmados os graves problemas da escolas brasileiras.

https://www.facebook.com/ubesoficial/videos/2213392148708809/

“Será mesmo que a prioridade do Ministério da Educação do nosso país deve ser gravar estudantes cantando o hino nacional?”, questiona o presidente da UBES, Pedro Gorki, em vídeo sobre a campanha. Para a entidade, deveriam ser prioridades da pasta valorização de professores, cumprimento do Plano Nacional de Educação e renovação do Fundeb.

Muitos estudantes têm participado, publicando vídeos de tetos caindo, goteiras e espaços tomados por mato, por exemplo.

“Nós, estudantes, não queremos apenas cantar o hino nacional, mas sim construir uma grande nação e a escola pública dos nossos sonhos”, afirma Gorki no vídeo sobre a campanha.