Ubes – União Brasileira dos Estudantes Secundaristas

10 problemas graves no projeto de Bolsonaro para militarizar escolas
12 de December de 2019
“Precisamos ampliar a rede federal, como está previsto no PNE”, diz especialista
13 de December de 2019
Mostrar todos os posts

Minha escola não é quartel: Militarização ameaça liberdade do estudantes

O governo Bolsonaro pretende militarizar 213 escolas até 2023. O projeto, apresentado em setembro, prevê a consulta pública com a comunidade para adesão voluntária, mas na prática, o autoritarismo fala mais alto. O ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse que pretende terminar o mandato com 10% das escolas públicas com gestão cívico-militar e segundo o próprio presidente, é preciso “impor” o modelo educacional. 

Atualmente há 120 escolas militares no Brasil, destas 60 pertencem à rede pública. Os defensores desse modelo o defendem pelo desempenho dos estudantes em comparação aos demais da rede pública. Contudo, o que diferencia os resultados é o investimento. Enquanto o aluno de um colégio militar custa R$ 19 mil, os da rede pública custam R$ 6 mil.

Além do método não ser uma solução para resolver os problemas das escolas, os estudantes são submetidos às regras comportamentais dos militares. Não poder utilizar o próprio cabelo como quiser é um dos exemplos que fere a individualidade dos secundaristas. Um ambiente plural, onde convivam as diferenças e o estímulo ao pensamento crítico é o papel da escola pública.

Veja 10 problemas graves no projeto de Bolsonaro para militarizar escolas.

Para Débora Nepomuceno, vice-presidenta da UBES, este tipo de gestão encara a diversidade brasileira de uma forma preconceituosa e limitadora: “Na idade escolar é comum que a gente esteja assumindo nossos cabelos, nossos corpos, nossos movimentos. A existência de padrões físico, estético e de comportamento, em que estudantes precisam respeitar neste formato, anula a pluralidade dentro da escola, anula as diferenças de identidades e acaba com qualquer tipo de diálogo sobre diferenças, algo tão essencial para se aprender a viver em sociedade”.

Matéria originalmente publicada no PLUG |Revolta, leia a edição na íntegra: