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Estudantes e professores voltam à sede do governo do Paraná contra o corte no salário dos docentes

Estudantes e professores voltam nesta terça-feira (19) ao Palácio do Iguaçu, sede do governo do Paraná, onde realizaram ontem uma ocupação durante 5 horas em protesto contra o corte do salário dos docentes.

“A ocupação foi contra a redução do salário dos professores, que foi entorno de 20%, e em apoio a operação Quadro Negro que investiga os desvios da verba que iria para a Educação e foi pra campanha do Beto Richa [PSDB] em 2014”, explica o presidente da UPES Paraná, Wellington Tiago, recém-eleito em Congresso da entidade realizado no último sábado (16) .

O presidente da UPES – PR durante a manifestação desta segunda-feira, no Palácio do Iguaçu, em Curitiba

As manifestações ocorrem após o anúncio, na semana passada, desta redução de salário dos(as) educadores(as) do Processo Seletivo Simplificado (PSS) que serão contratados em 2018.

“Convocamos os estudantes a participar do ato que vai ser hoje, às 16h, em frente ao Palácio, durante a reunião do Sindicato com o governo, para, além de apoiar [o protesto contra a redução dos salários], trazer nossas reivindicações: contra a Lei da Mordaça [PL 606/2016], que está em discussão na Assembleia Legislativa, apoio à operação Quadro Negro e repúdio à ação de Gilmar Mendes de suspender o inquérito no qual governador Beto Richa é investigado [na operação Publicano]”, diz Wellington.

Beto Richa, inimigo da Educação e do povo

O governador do Estado do Paraná é alvo de duas operações que investigam esquemas de corrupção: A operação Publicano, que investiga um esquema de corrupção na Receita Estadual; e a operação Quadro Negro, que averígua um esquema de fraude e desvios de dinheiro de construção de escolas públicas no Paraná.

“Algumas escolas nunca foram entregues ou construídas”, comenta o presidente da UPES-PR.

Na operação Publicano, o governador do Paraná é suspeito de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral (caixa 2). Ontem (18), o ministro Gilmar Mendes suspendeu o inquérito em tramitação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) no qual Beto Richa, era investigado, alegando que “a manutenção do trâmite de investigação sem um mínimo de justa causa contra o governador do estado compromete não apenas a honra do agente público, mas também coloca em risco o sistema político”.

Segundo as investigações, um grupo de auditores da Receita do Paraná cobrava propina de empresários para aliviar o pagamento de tributos. Em 2014, parte do suborno teria sido repassado à campanha de Richa para governador.