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Artistas e intelectuais continuam na luta contra o impeachment

Durante e depois a votação na Câmara dos Deputados neste domingo (17), diversos artistas e intelectuais se manifestaram nas redes sociais. O golpe que os parlamentares deram contra a democracia ao exaltar torturadores e a memória da ditadura militar para justificar os votos a favor ao impeachment gerou indignação e manifestações de repúdio nas redes sociais.

Esse é o caso da atriz e apresentadora Monica Iozzi, que acostumada a colocar os deputados na parede, falou da revolta de ver investigados por corrupção conduzindo um impeachment sem base legal. “Corremos o risco de sermos governados por mafiosos”, completou dizendo sobre Eduardo Cunha que é réu na Lava Jato. “Notem a cara tranquila de quem sabe que é marginal e ainda sim pode se tornar vice-presidente do país”, disse.

Mino Carta, jornalista, editor e diretor da Carta Capital, divulgou vídeo dizendo que “esse é o pior golpe que o Brasil sofre”. Citando Cunha como criminoso reconhecido mundialmente, falou sobre a tristeza de assistir aos pronunciamentos dos deputados que falaram de suas famílias, de deus e da liberdade e, por fim, aplaudiram figuras como Jair Bolsonaro. “Rasgar a Constituição significa um retorno para traz, que é infinitamente pior que aquele de abril de 1964”, disse.

Apesar de possuírem apenas 10 segundo para expor seu voto, muitos deputados justificaram seu “sim” pelo impeachment mandando abraços para filhos, netos, e outros absurdos. Com letras garrafais em seu facebook, a atriz Taís Araújo questionou algumas falas. “Nós estamos TODOS do mesmo lado, e queremos todos a mesma coisa: um Brasil melhor para TODOS, e não para o filho de um deputado, para a esposa de outro, ou para um neto de ainda outro. Tem que ser bom para TODOS”, criticou.

As justificativas para um impeachment sem crime de responsabilidade fiscal e com argumentos tão falhos fomentou a crítica do chargista e ativista político brasileiro Carlos Henrique Latuff de Sousa. Ele expressou sua opinião sobre os reais interesses dos planejadores do golpe em curso e que precisa ser barrado, conforme mostra explicitamente a charge.