É só descer até o final da página para constatar: difícil acreditar que tudo o que se passou no Brasil e no movimento estudantil secundarista desde o início desta gestão da UBES, no final de 2015, tenha acontecido em apenas dois anos! Foram muitas as transformações na política, na juventude, nas formas de luta.
Estes dois anos são vistos como os piores para a democracia, os direitos sociais e a emancipação do povo no Brasil desde o fim da ditadura militar. Mas, no País inteiro, os secundas resistiram. Seja nas ruas, nas escolas ou em encontros, fizeram frente ao golpe e governo ilegítimo de Michel Temer, a reformas neoliberais e projetos conservadores, tudo por um objetivo maior: um modelo de educação diverso, democrático e inclusivo.
Eleita em um congresso que já denunciava o movimento golpista no Brasil, no fim de 2015, a presidenta Camila Lanes reflete sobre o período da sua gestão, que termina no dia 2 de dezembro: “A responsabilidade de enfrentar o golpe, de ocupar as escolas, tudo isso foi um teste sem igual para a nossa entidade, que precisou se organizar como nunca, crescer politicamente como nunca, estruturalmente, fazer o necessário para representar essa luta. E acho que conseguimos. A UBES provou que o movimento estudantil secundarista é capaz de balançar esse país. Não somos 50 milhões a toa”.
Enquanto não chega o 42º Congresso da UBES, quando a próxima diretoria será eleita, vem relembrar com a gente!
Mais de 7 mil estudantes lotaram o Ginásio Nilson Nelson para eleger a jovem secundarista Camila Lanes como presidenta da UBES. Foram dias intensos de debates e atividades entre 12 a 15 de novembro de 2015. Muito fôlego para a nova gestão da entidade.
A cena de ocupação representa o que mais de mil escolas viveram durante o movimento chamado de Primavera Secundarista, entre 2015 e 2016. Ao questionar retrocessos na educação pública, os jovens criavam novos formatos de organização e ensino.
2017 foi um ano de muitos gritos de “Fora Temer”. Jovens ocuparam ruas e avenidas de norte a sul do país para barrar o golpe que deslegitimou a eleição da primeira mulher a governar o Brasil.
Protagonizando um dos momentos mais simbólicos de 2016, a juventude brasileira ocupou a Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP) em maio e mobilizou a opinião pública pela instauração de uma investigação no desvio de verbas da merenda escolar.
O evento inédito realizado em 30 de janeiro de 2017, em Fortaleza, reuniu centenas de jovens para celebrar a diversidade sexual e discutir possíveis soluções contra a intolerância dentro e fora das salas de aula.
Mais de mil grêmios levaram experiências e entusiasmo de todo o Brasil para Fortaleza, em janeiro de 2017. O 3º ENG também contou com convidados como Fernando Haddad, Ana Júlia Ribeiro, Flávio Renegado e Tico Santa Cruz.
A primavera secundarista inspirou a música e o clipe Mel da Mocidade, gravado pelo Chico César em parceria com a UBES no histórico cineteatro São Luiz, em Fortaleza. Quem estava lá quando os gritos de “ocupar e resistir” tomaram o teatro não esquece.
A ideia, puxada pelos movimentos sociais, ganhou corações e mentes de todo o país em manifestações cheias de esperança. O coro de “olê olê olê olá, diretas já” foi ouvido quase diariamente em 2017. Na foto, Ocupa Brasília de 24 de maio.
União e valorização das mulheres. Imagine centenas de meninas entoando: “Nem recatada, e nem do lar, a mulherada está na rua para lutar!”. Sim, o 4º EME em São Paulo, no dia 7 de setembro de 2017, foi emocionante.
A faculdade Zumbi dos Palmares, em São Paulo, recebeu mais de 500 lideranças secundaristas para o 16º Conselho Nacional de Entidades Gerais, em setembro de 2017. Discutir a educação e o contexto nacional garantiu a união do movimento.