Ubes – União Brasileira dos Estudantes Secundaristas

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Mais um aumento não!

Depois de ocupar as escolas contra a reorganização proposta pelo Governo Alckmin, estudantes paulistas levantaram novamente suas vozes.  Desta vez eles dizem não ao aumento da tarifa do transporte público na cidade. Reunidos na Praça Ramos, centro de São Paulo, cerca de mil jovens exibiam faixas e entoavam palavras de ordem no fim da tarde desta sexta-feira (8).

Com apenas 14 anos, o estudante Marcel Mateus deixou a ocupação da escola estadual Fernão Dias  e agora luta contra o aumento da tarifa. ‘’Eu sou estudante mas não tenho passe livre. O governo quer aumentar, mas não quer melhorar a qualidade. Assim não tem como não protestar. Vamos ocupar escolas, ruas e avenidas pelos nossos direitos’’, salientou.

Para Camila Nascimento, de 16 anos, o aumento é injustificado. ‘’Esses trinta centavos pesam muito no bolso do estudante e do trabalhador. Por isso estou aqui hoje. Essa é mais uma luta, assim como foi a ocupação das escolas, onde a juventude vai fazer a diferença”, disse.

E A QUALIDADE?

A má qualidade dos serviços oferecidos pelas empresas que operam o transporte público na capital paulista é uma das principais reclamações dos manifestantes. Ônibus e trens lotados, longo período de espera e situação precária dos carros fazem parte do cotidiano de quem utiliza o transporte.

Moradora da Vila Sônia, na zona oeste da cidade, a estudante Rafaela Cunha conta que se juntou à manifestação por não achar justo o aumento no valor. ‘’Deveriam cortar pela metade a tarifa e não aumentar. Eu uso ônibus todos os dias e é pouca frota para muita gente, chega a ser um descaso’’, falou.

Morador de Poá, no interior do estado, o estudante de engenharia civil Guilherme Martins conta que enfrenta dificuldades ao utilizar o transporte público para chegar à sua universidade, localizada no centro da capital. ”Todo dia tem falhas na linha do trem, os carros são precários, não tem ar condicionado. O governo tenta justificar dizendo que deu passe livre para os estudantes, mas nem todos tem direito às cotas de passe livre. Não tem justificativa”, lamentou.

A estudante de engenharia mecânica, Bianca dos Santos, também reclama da falta de qualidade do serviço.   ‘’Os ônibus são velhos, pelo dinheiro que a gente paga as condições são ridículas.Estamos na rua pra mudar isso, não podemos aceitar esse aumento’’, disse.