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Estudantes ocupam duas escolas no Pará e pressionam Secretaria de Educação

A Primavera Secundarista, que tem fomentado ocupações em todo Brasil, chegou ao Pará denunciando um cenário de total abandono na educação. Com prédios sucateados, sem professores e merenda inadequada, estudantes ocupam duas escolas no estado. Pautas emergenciais como eleições diretas para diretor têm despertado a mobilização diária dos estudantes.

Às 8h30 desta terça-feira (31/5), os secundaristas da cidade de Marapanim deram início à ocupação da escola estadual Remigio Fernandes, no nordeste do estado. Há anos a instituição não passa por uma reforma, faltam professores, merenda e transporte escolar. “Estávamos sem aulas há duas semanas por falta de transporte, sendo que 70% dos alunos moram longe. Também não temos merenda diariamente, servem apenas um dia na semana”, denuncia Naiara Souza, do 3º ano. “Decidimos ocupar e vamos permanecer até a Secretaria de Educação (Seduc) responder nossas pautas”, declarou.

Ao sul do estado, no município de Marabá, a ocupação da estadual Walkise da Silveira Vianna resiste desde o dia 23 de maio. Longe do centro da cidade, os estudantes denunciam o descaso com a situação do prédio infestado por morcegos. Em assembleia que reuniu mais de 300 estudantes e recebeu apoio de professores, uma carta consolidou as reivindicações centrais da escola. Ainda nesta terça, um conselho de líderes de turma entregou o documento à Seduc que ainda não se posicionou.

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PRIMEIRAS VITÓRIAS
A escola estadual Dona Helena Guilhon, em Belém, foi a primeira a ocupar no estado, em 23 de maio. Em pouco mais de 40 horas de resistência, a Seduc se comprometeu em atender às demandas denunciadas, entre elas o prédio sem reforma há 30 anos.
“O início da reforma é previsto para o dia 25 de junho, o edital para eleições diretas já saiu e a merenda que durante 8 meses foi só bolacha, já está diferenciada. Agora, falta cumprir o prazo e resolver o problema da invasão dos pombos, em caso de qualquer desacordo faremos uma nova assembleia para decidir reocupar”, declarou Rafael Gonçalves, diretor da UBES no Pará.