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NO DIA DE TIRADENTES, UCMG COMEMORA E PEDE MINÉRIO PARA EDUCAÇÃO

Feriado marca os 71 anos da União Colegial de Minas Gerais e teve a participação de estudantes e movimentos sociais em ato na cidade de Ouro Preto (MG)

O dia 21 de abril traz a lembrança de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, líder do movimento da Inconfidência Mineira, que lutou pela libertação do povo brasileiro no século XVIII. Hoje, após quase 200 anos de independência de Portugal, mas ainda muita dependência de seus próprios problemas sociais, exclusões e contradições, o Brasil continua demandando liberdade.

Esse foi o espírito que levou cerca de 100 estudantes secundaristas para a cidade de Ouro Preto (MG) na manhã desta terça-feira para se juntarem ao ato dos movimentos sociais no dia de Tiradentes. Em clima muito diferente das comemorações do 21 de abril nos últimos 12 anos – quando o governo de Minas fechava a região central da cidade proibindo o acesso do povo – uma onda colorida de bandeiras e reivindicações tomou a antiga Vila Rica.

“Viemos junto com sindicatos, professores, muitos movimentos diferentes, realmente a mobilização foi muito boa”, afirmou o presidente da União Colegial de Minas Gerais (UCMG) Francisco Faria. A principal reivindicação dos estudantes é a criação do Fundo Social do Minério, a exemplo do que foi criado com o pré-sal, para destinar os recursos da exploração dessa riqueza a áreas sociais, principalmente a da Educação.

“Essa é a maior luta estudantil em Minas Gerais atualmente e esse projeto já está nas mãos do governador”, disse o presidente da UCMG. O ato também serviu para comemorar os 71 anos da entidade, a mais antiga organização estudantil de Minas, que foi criada também na data de 21 de abril. “Esse é um dia para comemorar mas, também, para fazer muita pressão e ampliar nossas lutas”, ressaltou o estudante.

ENTIDADE HISTÓRICA

A UCMG é uma das primeiras entidades secundaristas do Brasil. Foi uma das fundadoras da UBES, em 1948, junto com a União Paranaense dos Estudantes Secundaristas, a UPES. Atuou na campanha “O Petróleo e Nosso”,  no movimento pela legalidade, na luta contra a ditadura, nas Diretas Já, pela extinção dos Centros Cívicos e pela criação da Lei do Grêmio Livre  no país. A entidade teve suas atividades paralisadas durante alguns anos e foi reconstruída em 2003.

Atualmente, os secundaristas mineiros lutam pela reformulação do ensino médio, contra a redução da maioridade penal, pelo passe livre em Minas Gerais, pelo combate ao machismo, racismo, homofobia e pela reforma política.