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ES: Pela Reformulação do ensino médio, estudantes, pais e professores ocupam Assembleia Legislativa

Ocupação aconteceu durante audiência pública sobre projeto Escola Viva. Comunidade escolar critica falta de democracia na elaboração da iniciativa

Nessa terça-feira (17/03), professores, pais e secundaristas ocuparam a Assembleia Legislativa do Espírito Santo (ALES) em protesto à instituição do Projeto de Lei Complementar (4/2015) Escola Viva. A matéria que começou a tramitar no dia doze em regime de urgência propõe a reformulação do ensino médio nas escolas estaduais do estado sem antes comunicar nenhum membro da comunidade escolar.

Na primeira audiência pública, os estudantes questionaram a forma como o projeto piloto está sendo debatido. Durante a sessão, representantes da União Estadual dos Estudantes Secundaristas do Espírito Santo (UESES), UMES e da UBES se manifestaram exigindo que haja mais diálogo com a comunidade escolar antes da implantação.

“É necessário um debate amplo com a participação de toda a comunidade escolar, não podemos mudar drasticamente o modelo de ensino sem um exaustivo, muito menos aprovar às escuras um projeto que afeta diretamente os estudantes”, disse Luiz Felipe Costa, presidente UESES.

O líder estudantil citou o caso das cinco escolas da região metropolitana de Vitória que foram selecionadas pelo projeto. Segundo ele, o novo modelo proposto não contempla todos os estudantes. “Os estudantes que trabalham no contra turno serão relocados dessas escolas para outras”, afirma Luiz Felipe.

Entre os questionamentos também está o remanejamento de professores e reforma de escolas em pleno ano letivo.

Reformulação do Ensino Médio precisa ser democrática

A UBES defende nacionalmente a reformulação do ensino médio como pauta central do movimento secundarista, porém, como debatido em seu Seminário Nacional de Educação em novembro de 2014, as mudanças curriculares e estruturais da modalidade de ensino necessitam da avaliação conjunta dos principais atores sociais dentro e fora da escola.

 “O debate sobre educação não pode ser feito às escondidas, de forma arbitrária e sem a participação social. Um projeto não debatido com a comunidade escolar, que não respeita as diferentes realidades dos estudantes, pais, professores e servidores, não é um projeto que representa um avanço para o ensino médio”, destaca Isabella Mamedi, vice-UBES no Espírito Santo.

Ao final da audiência, com a faixa “Escola Viva, queremos diálogo”, os estudantes ocuparam a frente da ALES e foram às ruas em manifestação contra o descaso do governo com a educação.

Suevelin Cinti, da Redação