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CARAVANAS SECUNDARISTAS: DIVERSIDADE ABRE 3º EME DA UBES

De norte a sul do país, estudantes falam da viagem e de suas expectativas para o 3º EME da UBES e o CONEG

No fim da tarde desta sexta-feira (04/9), em pleno trânsito caótico da cidade de São Paulo, caravanas vindas de diversos estados do país desembarcaram para participar da abertura do 3º Encontro de Mulheres da UBES.

De todas as cores e estilos, com suas baterias de percussão, malas, mochilas e palavras de ordem, chegaram a Universidade Nove de Julho (UNINOVE) para participar também do 15º Conselho Nacional de Entidades Gerais da entidade (CONEG), que acontece neste sábado e domingo.

A CARAVANA DO SUL

Diretamente da região sul do país, um ônibus lotado de estudantes gaúchos e catarinenses pegou a estrada rumo à capital paulista.

Maiara Pereira, 15 anos, veio ao 3º EME para compartilhar a luta travada contra o machismo e a opressão sofrida na escola onde estuda, a estadual Vitor Meireles, em Itajaí, região sul de Santa Catarina.

“Lá o no nosso grêmio tentaram me proibir de participar das reuniões usando saia, me discriminando muitas vezes por jogar futebol e andar com os meninos. Vim ao evento da UBES como delegada com o apoio do meu pai que me incentiva. Quero depois do evento organizar uma roda de conversa para discutir o feminismo e o combate ao machismo”, diz Maiara.

Mateus Lazzaretti, 16, do grêmio de escola em Constantina, disse que as 18 horas de viagem valeram a pena. “Antes de vir, convocamos uma reunião lá no nosso grêmio São José. Queremos contribuir para o debate sobre o empoderamento das mulheres, lutar pela paridade de gênero dentro do movimento estudantil e o protagonismo da juventude em todo o Brasil”, afirma.

MATO GROSSO, PRESENTE!

Lênin Luciano, de 17 anos, veio com a caravana de seu estado para o evento da UBES. Com o apoio da Associação Matogrossense dos Estudantes (AME) e representando a escola de Tangaré da Serra, na região noroeste do estado, ele diz ter muitas expectativas para os próximos dias.

“Foi bem corrido chegar aqui. No mesmo dia que recebi a notícia já peguei o ônibus.  Com certeza, será muito produtivo. Quero muito participar das oficinas de organização”, comentou.

OS CARIOCAS EM SAMPA

Johnny Hammes, 25, está entre os secundaristas que não tiveram medo de pegar a estrada. Diretor da União Cabofriense dos Estudantes, da região de Lagos do Rio de Janeiro, demorou 14 horas para chegar até a capital paulista. Ele conta que, assim como Lênin, arrumou as malas em cima da hora

“Cinco horas antes da partida do ônibus comecei a arrumar as malas. Esse é o primeiro evento da UBES que participamos. A nossa entidade tem apenas 3 anos de fundação. O que queremos agora é aprofundar cada vez mais os debates”, declara Johnny, que aguarda a chegada de conterrâneos neste sábado pela manhã.

MINEIRADA AQUI TEM VOZ

Mariana Ferreira, 20, também destacou o susto que teve quando chegou na terra da garoa. “Tem muito trânsito nessa cidade. São Paulo é muito grande, tem transito por todos os lados, até no  aeroporto”, observou a jovem de Belo Horizonte (MG).

“Quero participar, em especial, da mesa de combate ao machismo para empoderar os LGBT. É um espaço muito importante para os secundaristas que tem tantas vezes seus direitos cerceados dentro da escola, debates como esse ajudarão a dar mais força para o movimento estudantil”, ressaltou.

A CAPITAL DO BRASIL REPRESENTADA

Ex-diretora do grêmio do Centro Educacional Lago Norte (CEDLAN) e hoje diretora da União dos Estudantes do Distrito Federal (UESDF), a jovem de 18 anos, Thays Oliveira, também contou sobre suas 17 horas de viagem.

“Fizemos pedágio, passamos na Câmara, em sindicatos para arrecadar dinheiro para comprar nossas passagens. Nos atrasamos e perdemos um dos ônibus. No fim, ficamos seis horas na rodoviária. Uma das minhas principais expectativas é participar do debate de combate ao machismo nas escolas, onde mais é preciso desconstruir preconceitos históricos”, explicou Thays.

BAHIA REPRESENTADA

Diretamente de Mutuipe, cidade do Recôncavo baiano, a secundarista  Valessa Paraízo, de 16 anos, veio representar o interior da Bahia. Vice-presidente da União dos Estudantes Mutuipense, a jovem afirmou que depois de várias paradas, uma das maiores caravanas presentes na abertura do EME veio com unidade contribuir com as discussões da programação.

“Entre outras coisas, o EME reunirá muitos estudantes que estão construindo em suas cidades a discussão do feminismo, tema que já é antigo na Bahia para nós que já participamos do EME da UNE, da Bienal e outros fóruns de discussão. Viemos no ônibus com o espírito de união, e é assim, que reunidos com homens e mulheres estudantes, que iremos emancipar as jovens feministas”, defendeu Valessa.

Suevelin Cinti, da Redação.