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Atos espontâneos pedem Fora Temer e esquentam para manifestação de domingo

Já faz quase um ano que manifestantes entoam o grito nas ruas do Brasil, mas desde quarta-feira (16), ele está ainda mais convicto:

“Ai, ai, ai, ai / Se empurrar o temer cai”

Na noite desta quinta (17), na avenida Paulista, ele se juntava a outros cantos, apesar da chuva que caía em São Paulo. “OLÊ OLÊ OLÊ OLÁ/ DIRETAS JÁ” era o mais vibrante. E constante.

Desde que foram reveladas informações da Lava Jato que provam o envolvimento do presidente Michel Temer com a compra de silêncio do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, as noites têm sido assim na Paulista e em outros pontos importantes pelo País: cheias de gente, baterias, bandeiras e gritos que pressionam pela saída do presidente ilegítimo.

Para Fabíola Loguercio, diretora de comunicação da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), é importante que a pressão popular se mantenha, principalmente no domingo (21), dia de grande ato organizado pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo:

“Ficou claro, esta semana, uma coisa que já sabíamos: Temer é um dos principais articuladores do golpe e está envolvido em grande escândalo de corrupção. Precisamos nos manter nas ruas para que não haja novamente nenhuma articulação que deixe o povo de fora das decisões”

Nesta quinta, aconteceram manifestações espontâneas em diversos municípios e capitais pelo Brasil. Os atos ganharam grandes proporções principalmente em Curitiba, Fortaleza, Belo Horizonte e Rio de Janeiro (onde a polícia encurralou e atacou manifestantes, na Cinelândia).

 

Euforia e apreensão

Entre as pessoas que enfrentaram o mau tempo para estar na avenida Paulista em um ato popular improvisado, dois sentimentos pareciam tomar espaço, como relataram à reportagem do site da UBES.

“Estou feliz pelo processo político que acontece agora, mas, acima de tudo, apreensiva pelo que vai vir. Espero que o Temer renuncie e tenhamos eleições diretas, para enfim entrarmos nos eixos”, disse Amanda Amparo, estudante de sociologia.

O servidor estadual Milton Freitas foi outro que apontou o caminho: “O mínimo que a gente pode fazer neste momento é coro para mostrar indignação. As notícias deixaram claro o que nós já sabíamos. Agora, é apreensão pelo que vem depois. Vai depender dos movimentos conseguirem se manter organizados para pressionar o congresso por eleições diretas”.

Por Natália Pesciotta, de São Paulo
Foto: Mídia Ninja