Ubes – União Brasileira dos Estudantes Secundaristas

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No Rio de Janeiro, polícia usa arma de choque contra ato estudantil pacífico

Mais um caso de repressão policial contra estudantes acontece no país, desta vez, na zona norte da capital fluminense. Mesmo com o trajeto informado previamente, protesto estudantil que seguia pacífico no bairro do Méier foi duramente reprimido com armas de choque e bombas de efeito moral na última quarta-feira (15). Ao menos seis jovens foram detidos sem justificativas e uma professora agredida quando tentava proteger uma secundarista que apanhava.

A ação descabida foi comandada pela “Polícia Presente”, contratada pela Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro, entidade que conta com mais de 50 sindicatos patronais e possui sua própria segurança. A operação, que tem em seu histórico casos de violência contra moradores de rua e manifestantes, circula no Méier e é composta pela polícia da guarda municipal, militar e civil.

Entre os secundaristas feridos está Eloíza Bernardino, 17. Depois de ocupar durante 3 meses a escola Visconde de Cairú, a jovem conta que participou da passeata para mostrar que a resistência estudantil permanece em defesa da educação e denunciar a ação desproporcional da “Polícia Presente”, que agiu violentamente em ato anterior.

“Queríamos mostrar para os trabalhadores a violência da polícia contra a gente, e mesmo avisando previamente o trajeto que partiria da avenida Dias da Cruz rumo à Praça do Méier, os policiais chegaram atirando bombas, batendo em todos nós e algemando estudantes no chão como bandidos”,  conta Eloíza. “A ideia não era dispersar, mas bater. Eles nos perseguiram, correram atrás da gente”.

A presidenta da AMES, Isabela Queiroz, rechaçou a repressão. “Muitas pessoas das ocupações que eu conheço foram agredidas neste ato, companheiros e companheiras de luta que vêm construindo a luta pelos direitos. É intragável tamanha truculência com estudantes, é impressionante o tamanho do perigo que ser jovem e ter sonhos representa”, disse questionando o acontecimento desproporcional.