Fundação do “Grêmio Frida” em escola de Goiás marca luta secundarista pelo empoderamento das estudantes

Integrando o Dia de Paralisação Nacional pela Democracia, nesta terça-feira (10), os estudantes do colégio estadual Amália Hermano Teixeira, em Goiânia (GO), deram uma aula contra o machismo. Após algumas semanas de campanha eleitoral, o grêmio foi fundado com o nome de “Frida Kahlo”, em referência à artista que é símbolo da força e independência da luta feminista.

A votação aconteceu na escola que se localiza na capital e elegeu para presidência Ana Carolinne, de 17 anos. A estudante do 3º ano assumirá a liderança do grêmio com a mesma garra que enfrentou as ocupações dos colégios estaduais durante a luta travada contra a implantação das OS’s.

“Já enfrentei muitos desafios, dormindo nas ocupações, agora, esse é um novo desafio. Quero mostrar que meninas conseguem sim liderar um grêmio, e para começar, já vamos criar a diretoria de Mulheres, para mostrar que lugar de mulher é onde ela quiser”, declarou Carolinne.

Unifica ao espírito de luta que toma todo o país com a mobilização dos estudantes e trabalhadores contra o impeachment inconstitucional que tenta afastar a primeira mulher eleita à presidência do Brasil, a secundarista relembra que a data é simbólica para o país que passa por conturbações políticas, ressaltando o desafio da liberdade democrática dentro das escolas.

“A democracia que nós estudantes defendemos começa aqui mesmo, nas salas de aulas participando das decisões. Aqui em nosso colégio temos excelentes coordenadores, mas as decisões são impostas sem diálogo com os alunos. Por isso, a fundação do grêmio marca nossa luta por mais participação nesse campo”, explicou.

Outros desafios também deverão mobilizar a gestão da organização estudantil. A pauta de implantação de atividades culturais e entretenimento estará entre os desafios do grêmio que planeja montar peças de teatro, dança, fomentar exposição de desenhos, dança, saraus, semanas culturais, entre outras atividades.