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Em SP, aula pública na Praça Roosevelt reúne milhares contra o golpe

A presença de cerca de mil pessoas na chamada ”Aula Pública- Estudantes pela Democracia” que aconteceu na manhã deste sábado (9), na Praça Roosevelt, em São Paulo reafirmou a importância do movimento estudantil como um dos agentes fundamentais na defesa da democracia brasileira.

O evento foi organizado por diversos comitês universitários, entre eles a USP, a Puc, o Mackenzie e a Metodista contra o golpe e contou com a presença de convidados como o roteirista e escritor Gregório Duvivier, a arquiteta e professora da USP, Raquel Rolnik, o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos, a professora da USP  e colunista do Jornal Folha de São Paulo, Laura Carvalho, a presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Bebel Noronha, a representante da Coordenação Nacional de Entidades Negras, Sandra Mariano, a presidenta da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (UPES), Ângela Meyer e a presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral.

CONSTRUÇÃO COLETIVA

Raquel Rolnik lembrou que a ocupação de um espaço público como a Praça Roosevelt é um ato simbólico de resistência.

”Nós estamos transformando  concretizando um espaço público como público. Ao contrário desse projeto neoliberal que querem implantar no nosso país. Além das sombras da crise temos a transformação da política como negócio, a apropriação daquilo que é público como propriedade privada de políticos, empresários, bancos e redes de comunicação. A nossa reação á crise tem que ser de afirmação da dimensão pública como construção coletiva”, disse.

Gregório Duvivier destacou que a construção coletiva está intimamente ligada ao amor como arma de resistência. ”Existe um projeto de desinformação no Brasil que atinge milhares de pessoas. Quando eu vejo pessoas nas ruas pedindo o impeachment eu não vejo golpistas, eu vejo vítimas. A gente tem que estender a mão a elas. Todos nós temos essas pessoas na família, nos grupos de Whatsapp. Não dá pra segregar e chamar de golpista e fascista. O Brasil não tem milhões de fascistas. Existem milhões de pessoas que não sabem o que estão falando por isso nossa tarefa é estender a mão com informação de qualidade e lembrar que o amor vai vencer. Eu vejo muitas pessoas destilando o ódio, nós não podemos usar essa mesma arma. Vamos usar as nossas armas que são o amor e a cultura”, salientou.

Bastante aplaudido, Guilherme Boulos advertiu que estamos vivendo um ataque brutal à democracia.

”Querem retirar o governo não por sua falhas, mas pelos seus acertos. Estão criando um ataque ao ambiente democrático e aos movimentos sociais, por isso temos que responder a esse clima de intimidação e intolerância sem ambiguidade: a nossa resposta é fazer cada vez mais luta social”, falou.

PRÓXIMOS PASSOS

A próxima semana será decisiva para a democracia brasileira. Estará em julgamento na Câmara dos Deputados o processo de impeachment, sem base legal. Por isso, a UBES, a UNE estão organizando uma caravana rumo à Brasília. O objetivo é acampar em frente ao Congresso Nacional como forma de resistência democrática e evitar o enorme retrocesso que o impeachment trará. Você pode contribuir para este projeto, clique aqui e saiba como ajudar. A UPES e a UEE-SP também está organizando uma caravana pelo estado com o objetivo de aprofundar o debate democrático nas universidades paulistas.

Um acampamento de estudantes e artistas de rua levantará acampamento no Largo da Batata em São Paulo a partir de segunda-feira (11). Na quarta-feira (13), a partir das 19h,  a Frente Povo Sem Medo organizará um debate também no Largo da Batata.