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Em São Paulo, 4º grande ato contra a tarifa repudia repressão da PM

‘’Amanhã vai ser maior’’. O mote dos protestos contra o aumento da tarifa em São Paulo tem razão de ser. O 4º grande ato contra o aumento da tarifa, transformou-se, na tarde desta terça-feira(19), em quatro marchas, que tomaram diversas ruas da capital paulista contra o novo valor do transporte público e também contra a violência policial.

Às 17h, milhares de manifestantes tomaram o cruzamento da Avenida Faria Lima com a Avenida Rebouças, zona Oeste da capital e seguiram em duas marchas: uma em direção ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo e outra em direção ao prédio da prefeitura, no centro da cidade. Durante toda a marcha os estudantes os manifestantes pediram o fim da Polícia Militar com palavras de ordem e músicas contra a corporação.

Isso porque a Polícia tem utilizado de bombas e balas de borracha para diminuir os atos e criar um clima de insegurança e confronto com os manifestantes. Além de sufocar as manifestações a Secretaria de Segurança Pública também se esforça em colocar a opinião pública contra as manifestações alegando que reage a desordem para defender o patrimônio público.

Essa lógica de violência nas manifestações tem partido da PM, que tem feito de tudo para desestabilizar passeatas justas que reivindicam o direito a cidade, que reivindicam anulação do aumento da tarifa. As manifestações até agora já estamos na 4ª , tem tido o cunho de trazer o debate do transporte público, da mobilidade urbana, mas também tem sido incentivada mobilizando a população como um todo contra a repressão. Os movimentos sociais não aceitam serem criminalizados e não é com repressão que os atos vão acabar”, afirmou o diretor da UNE, Mateus Weber.

 

Zona leste e zona sul: presente!

O Movimento dos Trabalhadores Sem-teto (MTST) engrossou o coro contra a tarifa e puxou os atos na periferia da capital. Um deles, em Itaquera, zona Leste da cidade, contou com a participação de 5 mil pessoas. Já na zona Sul, a manifestação ocorreu no metrô Capão Redondo e contou com a participação de 7 mil pessoas. ‘’Quanto mais centavos aumentam na tarifa é menos comida no nosso prato, menos comida na geladeira. É por isso que a periferia está nas ruas, não queremos esse aumento. Nós do MTST repudiamos ação violenta da polícia militar sabemos que as pessoas vão para rua reivindicar por seus direitos, e é preciso haver resposta política para isso, e não resposta da polícia”, destacou a coordenadora do movimento, Agnes Caroline.

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Contra a mercantilização do transporte

Cada vez que aumenta a tarifa, mais pessoas deixam de usar o transporte público. Cada vez que a catraca gira o empresário ganha, e isso precisa mudar. Transporte não é mercadoria”, criticou a integrante do MPL, Erica Oliveira.

Os estudantes da capital conquistaram o passe-livre estudantil em 2015, porém o direito ainda é restrito e é mote de luta dos estudantes, como fala a presidenta da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (UPES), Angela Meyer. “Mais uma vez os estudantes se colocam contra o aumento da tarifa e reivindicar o passe livre. Muito mais do que isso, nós precisamos cobrar para que a juventude possa acessar os espaços públicos, acessar a cidade. Por isso é importante que não tenha reajuste”, declara.

Quinta-feira na rua novamente

Os quatro atos simultâneos desta terça-feira acabaram sem incidentes. O Movimento Passe-Livre já convocou um novo ato para quinta-feira (21) e convidou as pessoas a se organizarem e fecharem ruas e terminais do dia do ato.