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Diretoria da UBES condena governo golpista que ameaça educação

Ocorreu nesta sexta-feira, 1º de julho, a primeira reunião da diretoria plena da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES). Jovens de diversos estados que compõem atual gestão estiveram reunidos na Casa do Professor, em São Paulo, para discutir o posicionamento da entidade na conjuntura nacional e o calendário de atividades nos próximos meses.

Na mesa de discussões sobre o cenário político brasileiro, ao lado da presidenta da UBES, Camila Lanes, esteve o vice-presidente, Pedro Correia; a secretária geral, Juliene da Silva, o representante do grêmio estudantil do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), Guilherme Brasil e a presidenta da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), Tamara Naiz.

Camila Lanes falou da importância da Primavera Secundarista. Ela ressaltou a ofensiva do movimento social que, contra retrocessos, ocupou o Ministério da Educação (MEC) e escolas em diversos estados brasileiros. “Chegamos a um estado máximo de ebulição das lutas, é um marco novo que estamos construindo no Brasil com mais de 360 escolas simultaneamente ocupadas. Ocupar instituições de ensino é um ato político, a vida da escola e seu funcionamento também mudam. Depois disso, nenhum secundarista permanece o mesmo”, afirmou.
A presidenta apontou ainda o repúdio da entidade ao caso de estudantes que foram presos no Rio Grande do Sul por realizarem reunião de grêmio. “Nós dizemos não ao fascismo”, criticou.

Em diversas falas e intervenções, os secundaristas criticaram o projeto Escola Sem Partido (ESP) que tramita na Câmara dos Deputados e em nove assembleias legislativas do país.

Enfático, o vice-presidente Pedro Correia afirmou que as medidas tomadas pelo governo refletem o cenário de um golpe de Estado branco, que rasgou a democracia e interrompe conquistas históricas. “Diante desse cenário de golpe, o que está em risco com o Escola Sem Partido é a Lei do Grêmio Livre que a UBES conquistou! Esse projeto representa um retrocesso às nossas vitórias”, pontuou.

“Nossa conjuntura é muito dinâmica e complexa. Em vários estados há diversos cortes na educação, na moradia. Percebemos que esse é um tipo de política específica, um golpe apoiado pela mídia e pelos grandes empresários”, acrescentou o secundarista Guilherme Brasil.

Tamara Naiz criticou a agenda de retrocessos imposta pelo governo ilegítimo de Michel Temer, que se posicionou favorável à terceirização, aumento do tempo de trabalho, fim do ajuste salarial, ataque às mulheres e contra a juventude.

“O projeto ‘Ponte para o Futuro’ não passou pelo crivo da população, é um golpe à sociedade. O próximo golpe é o fim do fundo soberano do Pré-Sal, que afetará diretamente o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Houve o corte do sistema de partilha de R$ 360 bilhões, além de um pente fino em bolsas da educação básica”, enfatizou.

Ainda sobre o projeto Escola Sem Partido, Tamara ressaltou. “A primeira agenda pública do ministro da Educação foi reunir-se com Alexandre Frota, um estuprador, e Revoltados Online para discutir o projeto ESP. A proposta diminui o debate de política nas salas de aula e aumenta o ensino religioso, no entanto, sabemos que não existe neutralidade educação”, completou.

Abaixo confira o documento aprovado: