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SECUNDARISTAS CRIAM COLETIVO FEMINISTA EM ESCOLA TÉCNICA DO RIO GRANDE DO SUL

A organização visa aproximar as estudantes e lutar contra o sistema autoritário, patriarcal, racista e homofóbico que as oprimem dentro das salas de aula

A luta contra o machismo e a opressão às jovens estudantes gaúchas fez nascer em Novo Hamburgo (RS), o Coletivo Feminista da Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha. Há 42 km da capital do estado, a escola tem sido palco de intervenções criativas para travar o debate sobre o feminismo dentro e fora da instituição.

Nos banheiros da escola técnica, o coletivo realizou uma ação com colagem de cartazes e bilhetes, tendo como intuito central a desnaturalização de comportamentos preconceituosos e opressores no espaço escolar. Entre os temas abordados está a explicação de termos como feminismo, sexismo, misoginia, misandria e humanismo.

“Ao invés de portas depredadas com mensagens de ódio, a ação propõe mensagens de amor, empoderamento e solidariedade entre as mulheres. As secundaristas são revolução!”, afirma a diretora de Mulheres da UBES, Rose Nascimento.

Ativa também no facebook, a organização estudantil pode ser encontrada no grupo “Coletivo Feminista – Liberato”, composto hoje por quase 300 membros. “O combate à opressão e ao machismo começa dentro dos nossos espaços diários, através da unidade das gurias. Estamos juntas contra esse sistema autoritário, patriarcal, racista e homofóbico que todos os dias oprime até mesmo dentro das salas de aula”, diz a descrição do grupo.

DISPUTA PELO DEBATE DE GÊNERO E DIVERSIDADE

Para a diretora da UBES no estado e 1ª diretora de Mulheres da entidade, Fabíola Loguercio, a movimentação das estudantes ressalta a realidade de escolas de todo país.

“O Coletivo surgiu por meio de uma organização independente e espontânea das meninas, além do que, se trata de uma escola técnica onde a maioria dos estudantes é composta por meninos e o machismo é muito presente”, diz Fabíola.

 A líder estudantil também relatou agressões machistas por parte dos professores. “Há o caso de um professor de química, por exemplo, que disse em algumas salas: ‘Meninas, já que não podem evitar o estupro, então aproveitem’”, conta Fabíola.

Como demanda primordial para reformular o ensino médio, o currículo e a formação dos estudantes, a UBES aprovou em seu 3º Encontro de Mulheres (EME) e no 15º Conselho Nacional de Entidades Gerais (CONUBES), no último domingo (6/9), a incessante disputa do movimento estudantil pela inclusão do debate de gênero e diversidade no Plano Nacional de Educação (PNE), e nos planos municipais e estaduais.

Para a entidade, instituir o debate feminista na escola é contribuir para criar mecanismos para combater a violência contra as mulheres, emancipar as jovens e construir uma educação transformadora. Acesse aqui as resoluções.

Da Redação.