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Ocupar, resistir e estudar aqui

Depois das feministas ontem, nesta quinta-feira (26) foi a vez do povo sem teto, da Frente Povo Sem Medo, estudantes e pais, marcharem em defesa dos estudantes. A manifestação saiu do Masp, na Avenida Paulista, e foi até a Praça da República em frente a Secretaria Estadual de Educação. Lá, uma comissão de estudantes e representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e protocolaram uma carta em apoio as ocupações e contra o fechamento de escolas para ser entregue ao Secretário de Educação, Herman Voorwald.

A carta afirma que “reorganização” proposta pelo governo Alckmin, é um projeto que não visa a melhoria da educação, mas sim, fechar escolas e tornar as que continuaram abertas “ainda mais superlotadas e insuportáveis”. O documento pede a revogação imediata da reorganização, o não fechamento das escolas, a não demissão de professores e a garantia que nenhum estudante será perseguido ou penalizado entre outras coisas.

A Frente Povo Sem Medo é uma organização criada por diversas entidades, incluindo a UBES, como resposta para resistir às medidas de austeridade na crise econômica, organizar os trabalhadores, estudantes, os sem teto das grandes cidades.

Sob o lema “Ocupar, resistir e estudar aqui” e diversas palavras de ordem os manifestantes pararam duas das principais avenidas da cidade: a Paulista e a Consolação.

Natália Szermta, da coordenação do MTST, explicou a atuação o apoio do movimento. “Essa luta que os estudantes estão com muita coragem travando nas escolas é uma luta em defesa da educação, contra o ajuste fiscal que está sendo aplicado retirando verbas da educação, fechando escola, demitindo professor, superlotando salas de aula, precarizando ainda mais a educação que já muito precária e no país. Essa é uma luta do povo trabalhador e o Povo Sem Medo tá se somando, porque ela deve ser defendida por todos, a luta por educação é decisiva para o um Brasil mais democrático e livre”, ressaltou.

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A estudante Lais de Melo, da E.Estadual Antonio Manuel, na Zona Sul da capital, ocupada há duas semanas afirmou que na realidade a medida do governo tucano é uma desorganização. Para ela o fechamento das escolas vai prejudicar toda a comunidade escolar. “Os alunos vão sofrer com salas superlotadas, professores e funcionários serão demitidos, e a comunidade em volta também será afetada, porque utilizam a escola nos fins de semana no Projeto Escola da Família, por isso essa luta é de toda a sociedade”, destacou.

E afirmou: “Se o governador não voltar atrás vamos ocupar todas as escolas de São Paulo e passar as férias lá se for preciso”.

Já a mãe Patricia de Oliveira Ribeiro disse que está acampando na Escola junto com os filhos na luta contra as mudanças. “Sou mãe do Felipe e da Alice e do Leonardo que estão ocupando a E.E Neide Aparecida Sollito. Sou contra a reorganização, porque quem será prejudicado serão os meus filhos que vão pra longe. Vão porque todas as outras opções de escolas para eles serem transferidos são longe, e ainda não estão garantidas nem as vagas para a gente”, explicou.

A presidenta da União Paulista de Estudantes Secundaristas (UPES), Ângela Meyer, foi taxativa. “Esse projeto não vai passar. E se o governador ainda não entendeu isso nos últimos dois meses e ele está entendendo isso agora com mais de 200 escolas ocupadas. É essa a resposta que os estudantes secundaristas, pais e professores estão dando”, afirmou.