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MULHERES NA CONSTRUÇÃO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL

Ex-presidentas da UBES compuseram a mesa em que relembraram suas conquistas

Com o tema “Mulheres e a construção do movimento estudantil na UBES”, as ex-presidentas da UBES Juana Nunes, Carla Santos e Manuela Braga, ao lado da atual presidenta Bárbara Melo, iniciaram a primeira mesa de discussão do segundo dia do 3º Encontro de Mulheres Estudantes (EME) da UBES neste sábado (05), em São Paulo.

Dialogando com os estudantes sobre as grandes conquistas das mulheres nos últimos anos, as lideranças ressaltaram a necessidade de lutar por muito mais avanços.

De acordo com Juana Nunes, o encontro é de extrema importância para dar visibilidade as lutas das mulheres. “Na minha época, não existiam esses debates. É muito lindo e importante ver que meninos e meninas estão discutindo formas de como ampliar os espaços para as mulheres dentro da sociedade”, afirma.

Carla Santos relembrou o histórico de lutas da entidade durante sua gestão e contou um pouco sobre o que a levou a participar do movimento estudantil.

“A questão de opressão de gênero foi decisiva para que eu participasse do movimento estudantil e em 1999 tive a honra de ser eleita presidenta da UBES, quando pude fazer parte de uma sucessão de representatividade das mulheres no movimento estudantil secundarista”, conta.

Manuela Braga destacou a importância de disseminar o debate feminista na sociedade e nas escolas para empoderar as mulheres, meninas e meninos. Segundo ela, é necessário que os debates sejam mistos, pois grande parte das mulheres já sabem o que sofrem diariamente, mas essa luta precisa ser compreendida também pelos homens.

“Os homens precisam participar do debate feminista sim! Porque é também tarefa deles abrirem alas para as meninas participarem do movimento estudantil”, disse.

A ex-presidenta da UBES colocou que a luta das mulheres teve grandes avanços nos últimos anos, mas elas ainda representam apenas 10% no Congresso Nacional e recebem 30% a menos do que os homens, mesmo ocupando o mesmo cargo dentro de uma empresa.

“Ser mulher hoje no movimento estudantil continua sendo um ato de coragem. Temos pouca representatividade na política do nosso país e precisamos lutar para mudar isso. Acredito que defender a democracia é defender a luta das mulheres, pois nós somos as primeiras que sofremos em um estado sem direito”, relata Manuela.