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FÓRUM PERMANENTE DE GRÊMIOS VAI DISCUTIR PAUTAS DOS INSTITUTOS FEDERAIS

Após reivindicação da UBES, ministério da Educação quer abrir canal de diálogo

No último dia 16 de abril, uma comissão de estudantes liderada pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) foi recebida em audiência pelo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro. Foi o primeiro encontro do movimento estudantil secundarista com o professor de Ética e Filosofia da USP que recém assumiu o cargo.

A reunião ocorreu em uma sala do Ministério e contou com a participação de diretores da UBES e representantes de escolas estaduais e técnicas de todo o Brasil. Pouco antes, os estudantes realizaram uma manifestação com 2 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios integrando mais um ato da Jornada Nacional de Lutas pela Ensino Técnico.

Dentro algumas pautas apresentadas ao ministro, a presidenta da UBES, Barbara Melo, destacou a questão dos grêmios estudantis. Ela explicou que, embora exista uma lei de 1985 que garanta a organização do grêmio dentro das instituições, muitas diretorias impedem que os jovens levem essa ideia adiante.

A Lei nº 7.398, de 4 de novembro de 1985, diz que “aos estudantes dos estabelecimentos de ensino de 1º e 2º graus fica assegurada a organização de Estudantes como entidades autônomas representativas dos interesses dos estudantes secundaristas com finalidades educacionais, culturais, cívicas esportivas e sociais”.

Barbara denunciou que em muitas escolas os estudantes são intimidados e impedidos de fundar um grêmio. E, mesmo quando conseguem formar uma organização, a instituição não apoia e não promove nenhuma atividade em parceria de caráter de integração.

Após ouvir a sugestão da UBES, o ministério sugeriu a criação de um fórum permanente  para discutir a questão dos grêmios estudantis, principalmente dentro dos institutos federais. Esse canal de diálogo permanente terá apoio da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do MEC e a primeira reunião deverá ocorrer dentro do III Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica, que será realizado em Recife (PE) de 26 a 29 de maio de 2015.

REDUÇÃO DA MAIORIDADE

O ministro declarou também apoio à campanha da UBES e outros movimentos sociais contra a redução da maioridade penal.

“Nós entendemos que a redução da maioridade penal não vai resolver o problema da violência. Os jovens precisam de mais escolas e menos cadeias. Melhores opções de educação, esporte, cultura e lazer. Mais opressão não resolve nada. A juventude brasileira quer viver”, afirmou a presidenta da UBES, Barbara Melo.

Durante a reunião, os estudantes pediram ainda que o novo ministro se engaje na luta da entidade pela reformulação do Ensino Médio e pela criação de uma plano de assistência estudantil para o ensino técnico.

DA REDAÇÃO