15º CONEG DA UBES: ABAIXO AOS CORTES NA EDUCAÇÃO

O combate aos cortes na educação e a mobilização popular foram as saídas apontadas para a atual crise política vivida no país pelos debatedores da mesa “Juventude contra os cortes na educação” , que integra os grupos de discussão do 15^o Coneg da UBES, em São Paulo.

Representando diferentes forças políticas, os palestrantes criticaram as decisões tomadas pelo governo Dilma Rousseff, principalmente na aplicação do ajuste fiscal, que tem cortado direitos e serviços da juventude e dos trabalhadores.

DEFENDER CONQUISTAS E PROPÔR ALTERNATIVAS

A ex-presidenta da UNE Vic Barros destacou importância de defender os avanços vistos no último período, como a ampliação do acesso à universidade pela juventude pobre, negra e oriunda do ensino público.

Ela destacou que estas conquistas estão ameaçadas pela crise econômica e também pelo retorno de uma elite antinacional, apoiada pela grande mídia, que no passado derrubou os governos progressistas de Getúlio Vargas e João Goulart e agora deseja fazer o mesmo.

“Os governos recentes erraram, principalmente no campo econômico, mas realizaram grandes conquistas. Por isso, nós precisamos apontar alternativas ao ajuste fiscal, como a taxação das grandes fortunas. Precisamos ir para as ruas defender a democracia e exigir que os ricos paguem pela crise”, ressaltou.

COMBATE AO AJUSTE FISCAL

O ex-dirigente da UBES Sandino Patriota destacou que a atual crise brasileira faz parte de uma crise internacional do capitalismo, que tem provocado tragédias e injustiças como a atual crise humanitária por qual passam os refugiados africanos e árabes que desejam migrar para a Europa.

Para Sandino, no Brasil ele apontou como os piores sinais da crise as políticas neoliberais do governo petista, que poderiam estar sendo aplicadas por tucanos como Fernando Henrique e Aecio Neves. Ele classificou os cortes na educação como os maiores da história recente do país.

“O corte de mais de 10 bilhões de reais é o maior da história recente do país, o que tem afetado diretamente o custeio das universidades federais, dos institutos técnicos federais e o corte de vagas do Pronatec. Temos que fazer o enfrentamento nas ruas como foi feito nas Jornadas de Junho de 2013”, afirmou.

BOLSA BANQUEIRO

Também ex-diretor da UBES, o presidente da Juventude Pátria Livre, Gabriel Alves, criticou as opções tomadas pelo governo federal para enfrentar a atual crise. Segundo ele, o país já gastou R$ 288 bilhões só pra pagar a dívida pública, que vai para o bolso dos banqueiros, enquanto cortou bilhões de reais da educação de um total de mais de R$ 70 bilhões do ajuste fiscal.

“O governo da Dilma toma a opção de arrochar os salário e garantir os espaços para as grandes empresas aumentarem os seus lucros”, observa.

Ele destacou a importância dos secundaristas se mobilizarem para barra este retrocesso, como já ocorreu no passado na resistência à ditadura e no Fora Collor.

“Para que não ocorram mais cortes, é fundamental a força dos estudantes secundaristas que já realizaram grandes mobilizações neste país”, convocou.