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Por ETECS e FATECS de qualidade, 5000 marcham pela avenida Paulista

Estudantes e funcionários realizaram mais um ato em defesa do plano de carreira e melhorias estruturais

“’Governador, não leve a mal, a gente quer a Fatec do comercial’’. Foi ao som de palavras de ordem e muitas reivindicações que estudantes e professores realizaram na tarde da última terça-feira (26/2), o segundo ato em defesa de mais qualidade para as Fatecs e Etecs do estado de São Paulo, na Avenida Paulista, coração da cidade.

Mostradas nas propagandas como modelos de referência, as instituições são consideradas as “joias da coroa” do governo paulista. Contudo, a realidade que se vê nas salas de aula, é outra. A falta de estrutura e condições dignas para seus funcionários e professores ficou evidente após o início da greve, em 17 de fevereiro.

Com a presença de mais de 5 mil pessoas, o movimento ocupou uma das faixas da avenida e marchou sentido Alameda Santos, rua que abriga o prédio da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional. Na pauta estavam a construção de um plano de carreira para professores e funcionários, reajuste salarial e melhorias nas estruturas das instituições com mais assistência estudantil, bolsas de iniciação científica, mais laboratórios e bibliotecas para os alunos.

“O que podemos ver mais uma vez foi a unidade dos professores e estudantes. Estamos fortes construindo uma greve que não será em vão’’, falou a presidenta da UEE-SP, Carina Vitral.

Participaram também os deputados João Paulo Rillo (PT-SP), presidente da comissão de educação do estado e o também deputado Carlos Gianazzi (PSOL-SP). Para Rillo, as Fatecs e Etecs mostradas nas propagandas televisivas AQUI ELE FALA… não demonstram a realidade vivida nas salas de aula. “O governo paulista insiste em perpetuar as péssimas condições de salário e de trabalho nas Etecs e Fatecs. Apesar da propaganda, a realidade é outra. Há falta de professores e funcionários, desmotivados por salários considerados os piores na Educação Profissional e Tecnológica do Brasil”, bradou do alto do carro de som.

Ao final da passeata, estudantes e professores realizaram um ato em frente à Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional. No entanto, ninguém apareceu para recebê-los.

“Chegamos para conversar com o secretário, mas não havia ninguém no prédio”, afirmou o presidente do DCE-Fatec, Arthur Miranda.

Negociações

No último dia 12 de fevereiro, o governo anunciou um reajuste salarial de 11% para professores e servidores administrativos. Para os professores, contudo, a proposta não é suficiente.

“Estamos sem aumento há seis anos e um reajuste de 11% não repõe nada. Não dá para voltar ao trabalho desse jeito. Acredito que a partir de segunda-feira (30), a adesão vá aumentar”, disse o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza (Sinteps), Salvador dos Santos Filho, em entrevista ao Portal G1.

Após ser recepcionado em Americana (SP) com um protesto de estudantes, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) se comprometeu a enviar à Assembleia Legislativa até quinta-feira (27/2) o projeto do novo plano de carreira dos servidores das instituições.

“O governo aposta na nossa desmobilização, mas isso não acontecerá. Continuaremos lutando para que a pauta dos professores e também dos estudantes sejam atendidas. A luta segue pelas Fatecs e Etecs iguais às do comercial”, falou a presidenta da UEE-SP.

Um novo ato está marcado para acontecer no próximo dia 11/3, com saída da Avenida Paulista e caminhada até a Assembleia Legislativa do Estado.

Redação da UNE