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Para “Democratizar a Democracia” precisamos fazer a disputa de ideias na sociedade

A democratização da comunicação foi apontada por conferencistas e participantes da XVIII Plenária como um fator chave para esse embate

Pela democratização da comunicação, neste fim de semana, (25, 26 e 27 de abril), a UBES compôs a XVIII Plenária Nacional do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), realizada na Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), em Guararema, São Paulo. A pretensão é fazer um balanço das atividades realizadas pelo Fórum no último ano e traçar estratégias de ampliação de sua atuação na articulação e mobilização por políticas de comunicação democráticas no Brasil.

Segundo o diretor da UBES, Kenedy Alessandro, ocupar e se fazer presente nesse espaço também é imprescindível a contribuição do movimento estudantil. “Estamos falando de um importante espaço de formulação e organização pela democratização da mídia, que tem seu principal instrumento no Projeto de Lei de Iniciativa popular na campanha ‘Pra expressar a Liberdade’”. Comentou também sobre a Plenária que elegeu a nova Coordenação Executiva e o Conselho Deliberativo do Fórum, para a qual a UBES também foi eleita.

O FNDC, que vem desde 1991 na luta pela democratização da comunicação, encabeça, desde 2012, a campanha “Para Expressar a Liberdade”, fruto de anos de luta da sociedade civil para regulamentar a comunicação no Brasil.

Thiago José, diretor de comunicação da UNE, acredita que essa regulamentação vem justamente para aprofundar a democracia em nosso país: “Hoje os grandes meios de comunicação são controlados por meia dúzia de famílias que pautam e decidem o que será notícia. Agindo não no interesse público, mas sim em seus interesses privados. Os grandes conglomerados de informação estão nas mãos daqueles que representam os interesses conservadores e impedem os avanços”, afirma Thiago.

As famílias citadas por Thiago são Abravanel (SBT), Sirotsky (RBS, maior grupo de comunicação do sul do Brasil), Civita (Editora Abril), Macedo (Record), Frias (Folha de S. Paulo), Levy (Gazeta Mercantil), Marinho (Organizações Globo), Mesquita (O Estado de S. Paulo), Nascimento Brito (Jornal do Brasil) e Saad (Rede Bandeirantes). Essas poucas famílias têm o poder de definir o que vai ser discutido ou não pela sociedade, e qual a abordagem destas informações.

Conquistas

O Marco Civil da Internet, sancionado na última quarta (23) pela presidenta Dilma, já é considerada uma vitória. Para blogueira Conceição Oliveira, a bandeira de democratização emergiu com destaque nas jornadas de junho: “Sem democratização da comunicação todos nós somos criminalizados como movimentos sociais, como classe trabalhadora, a vitória do Marco Civil deve servir de inspiração para o FNDC. Conseguimos vencer um lobby gigantesco e garantir o nosso espaço, se perdêssemos a internet teríamos um país sem voz”, disse.

A UNE compõem a FNDC e, assim como a UBES, acredita ser fundamental a unidade dos movimentos sociais e das mais diversas iniciativas ativistas para lutar pela democratização dos meios de comunicação no Brasil.

QUEM FAZ O FNDC?

Centenas de entidades participam do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, dentre elas: Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB, Central Única dos Trabalhadores – CUT, Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé – Barão de Itararé, Comunicação e Direitos – ANDI, Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ, União Brasileira de Mulheres – UBM, União Brasileira dos Estudantes Secundaristas – UBES, União da Juventude Socialista – UJS e União Nacional dos Estudantes – UNE.

Da Redação, com UNE