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Diversidade na escola. É hora de avançar!

Seminário de Educação debate reformulação do ensino médio comprometido com a emancipação das escolas brasileiras

A escola é plural e precisa criar espaços que fomentem o respeito à diversidade, mas todo estudante secundarista sabe que, na realidade, a banda não toca bem assim. É cada vez mais recorrente casos de bullying e violência causados pela intolerância e pela falta de preparo das instituições.

Um Estudo sobre Ações Discriminatórias no Âmbito Escolar realizado em 500 escolas públicas brasileiras apontou que as áreas que apresentam maior percentual de discriminação são em relação a gênero e identidade de gênero (64,3%), socioeconômica (25,1%), étnico-racial (22,9%) e territorial (20,6%). As principais vítimas são negros, pobres e homossexuais.

Os secundaristas querem mudanças

Essa semana, Ynaê Aguiar procurou a UBES. A secundarista de 15 anos criou um projeto em seu colégio chamado “Diga Não à Homofobia nas Escolas”, justamente por ser oprimida dentro da instituição de ensino. “Sou homossexual assumida, de uns tempos pra cá venho sofrendo bullying pelos alunos e pela diretora do colégio, por quem fui humilhada e ridicularizada”, denuncia.

A pesquisa mostra que a prática de discriminação está ligada à falta de acesso à educação de qualidade. Um exemplo é o acesso aos meios de comunicação – onde há mais acesso ao rádio, televisão e internet há menores índices de preconceito. O mesmo acontece nos índices de avaliação do sistema nacional de educação básica – onde houve menor pontuação na média da prova os índices de preconceito marcaram valores mais elevados.

Para mudar a escola

Há anos os estudantes debatem a construção de uma educação emancipadora. A coordenadora de juventude da União Brasileira de Mulheres, Maria das Neves, comenta que hoje a escola é apenas mais um mecanismo de reprodução de tabus dentro e fora das salas de aula.

“A escola precisa ser um espaço que dialogue com esse sentimento de mudança para desconstruir os pré-conceitos da sociedade patriarcal, que se reproduz nos livros didáticos e na formação dos professores. Para discutir gênero, racismo, orientação sexual, regionalização entre tantos outros pontos”, diz.

O tema será discutido nos próximos dias 16 e 17, no Seminário Nacional de Educação da UBES, que abordará em debate a questão da diversidade dentro das escolas na perspectiva da reformulação do ensino médio.

Acompanhe a programação: http://wp.me/p3POeY-3Cj