Ubes – União Brasileira dos Estudantes Secundaristas

JUNTO À PARALISAÇÃO DAS ESCOLAS, TUITAÇO NESSA TERÇA (13) PRESSIONA PELO PETRÓLEO INVESTIDO EM EDUCAÇÃO
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PROMETENDO PARAR O PÁIS, MAIS DE 12 ESTADOS ESTARÃO NO MAPA DA PARALISAÇÃO DAS ESCOLAS NESSA TERÇA-FEIRA (13)

13_Agosto

Com pautas unificadas pela reformulação do ensino médio, passe livre estudantil e mais investimento em educação, estudantes prometem paralisar escolas em todo o país e parar principais capitais. O ato se dá na semana do Dia do Estudante e paralelamente à votação do projeto de lei dos royalties na Câmara dos Deputados, assunto fortemente debatido pelo movimento.

Protesto que fechará as escolas no Rio Grande do Sul reunirá cerca de 3.500 secundaristas para discutir a funcionalidade da reforma na avaliação do ensino médio no estado. A Escola Técnica Estadual Parobé, em Porto alegre; a Liberato e 25 de Julho, em Novo Hamburgo, e outras escolas localizadas em Caxias, Passo Fundo e Campo Bom. A reforma do ensino médio já foi implantada em todo o estado do Rio Grande do Sul, mas segundo Fabíola Loguercio, diretora da UBES local, professores e estudantes já encontram deficiências no novo modelo. “O professor não sabe lidar com o novo modelo de ensino/avaliação. O novo ensino médio foi implantado com métodos antigos. Como ficará a avaliação que deixou de ser por nota e passou a ser por conceito?”.

Outras pautas movimentam os estudantes no período da manhã na capital do Amazonas quando cerca de 3 mil secundaristas reivindicarão as pautas nacionais e a segurança nas escolas locais, como conta o diretor da UBES, Matheus Conceição. “Um exemplo é a estadual Professor José Belarmino Lindoso que está em um bairro com alto índice de violência”, acrescentando ainda a bandeira do Passe Livre sempre presente nas manifestações estudantis dos manauaras.

A questão da segurança nas proximidades das escolas também é comentada pela secundarista do Paraná, estado brasileiro que mobilizará dez escolas e mais de 2 mil estudantes. Quem comenta é a presidenta do grêmio do Colégio Estadual Costa Viana, Camila Lanes. À frente do “F5 – atualizando suas ideias”, a estudante afirma que o tema ganha destaque em sua escola, situada em São José dos Pinhais. “Nosso colégio está em uma área sem nenhum policiamento ou segurança no turno da noite, muitos são assaltados a poucas quadras depois de saírem da aula”.

Durante a paralisação, as atividades na escola de Camila também têm como objetivo conscientizar as turmas sobre a importância dos movimentos sociais e da comunidade escolar para combater problemas como a homofobia e o machismo que já registram casos no colégio. As mobilizações paranaenses serão acompanhadas pela UPES, pelas Uniões Municipais de Foz do Iguaçu, Campo Largo, Foz do Iguaçu, Maringa e a Associação dos Estudantes de Capanema.

Na Paraíba, mais de cem escolas irão ocupar a Secretaria da Educação; entre as instituições de ensino mobilizadas está o Liceu Paraibano, maior escola do estado com mais de 2.800 estudantes; Instituto da Educação da Paraíba, Centro Profissionalizante Deputado Antônio Cabral e a Escola Professora Olivina Olívia Carneiro da Cunha. Nas redes sociais já são mais de 1.500 confirmado.

Higlandeberto Mendes, presidente do Grêmio da escola Liceu Paraibano e diretor da UBES, conta que além dos 10 principais pontos da paralisação nacional está a expansão do Passe Livre irrestrito em toda rede estadual, denúncia de reformas inacabadas e a segurança nas escolas são algumas das alavancas da manifestação.“A escola fornece tabletes para os estudantes e eles são frequentemente assaltados nas redondezas, pautamos então essa segurança, mas sem policiais armados”, fala ressaltando a reivindicação.

Outra pauta regional é a “Janta digital”, que segundo o estudante “foi prometido pelo governo o acesso gratuito à internet gratuita e até o momento o serviço não foi fornecido”, comenta denunciando que a empresa contratada para o serviço não existe e que houve desvio de dinheiro.

Em Minas Gerais, o Instituto Federal e a Central Milton Campos de Belo Horizontes terão a paralisação das aulas simultaneamente às atividades em todo o Brasil. Betim, há poucas semana desde a conquista do passe livre e a revogação do aumento da passagem, se destaca com a Revolta do Boné. Debatendo a reformulação do ensino médio com uma gestão democrática e a discussão sobre o projeto pedagógico, os estudantes discutirão a proibição do uso do boné pelo diretor da escola Senador Teotônio Vilela. Demais escolas como Escola Normal da cidade de Montes Claros, de Uberlândia e Sandoval de Azevedo em Ibirité inserem a juventude mineira no mapa de mobilizações por mais cultura nas escolas, esporte e mais investimento em educação.

Em Goiás, os estudantes do Liceu Goiano reafirmarão a valorização dos professores com a realização de Assembleia Pública junto ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Goiás (SINTEGO). Para debater desde o problema da redução da maioridade penal à valorização do professor na sala de aula, a movimentação dos grêmios estudantis levará ao centro das discussões a garantia de educação pública e de qualidade na formação.

Na Bahia, 14 escolas já confirmaram trajeto rumo ao centro de Salvador, entre elas, a Escola Modelo. No Rio de Janeiro, a rede de ensino da zona Oeste e mais quatro cidades em todo o estado darão forma ao dia de paralisação dos secundaristas cariocas. No Ceará, duas escola na Capital e duas no interior reivindicarão as pautas centrais por mudanças no setor educacional. Em Santa Catarina e Espírito Santo os estudantes não pouparão as ruas, ambos com manifestações que se dirigirão às pontes de acesso dos estados.

Em alagoas, os estudantes conseguiram articular nas atividades nacionais o Liceu Alagoano, tradicional instituição de ensino na região que também será fechado durante o ato simbólico. O mesmo acontece com a escola principal de Pernambuco, da qual os estudantes partirão em passeata rumo à Assembleia Legislativa. A Paralisação Nacional das Escolas que acontece nessa terça-feira (13) tem também a presença confirmada dos estudantes secundaristas de São Paulo engrossando o mosaico nacional de mobilização com 25 escolas envolvidas na atividade estudantil.

 Da Redação