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Muro desaba e estudantes de Chapecó protestam por estrutura física

O problema é recorrente e pode acarretar riscos à segurança no local, para ter acesso à educação sem esse medo, estudantes se manifestam contra sucateamento escolar.

Na manhã da última quinta-feira (24/10) a chegada à Escola estadual básica Professora Valesca Parizotto, na cidade de Chapecó (SC) os estudantes foram recebidos por uma notícia ruim, o muro externo da instituição desabou. O acontecimento não foi uma surpresa, a deterioração já vinha acontecendo e as solicitações por reforma sendo feitas, mas negadas. Diante do muro tombado e a falta de atuação das autoridades, os estudantes realizaram na manhã desta sexta-feira (25/10) uma manifestação por estrutura física nas escolas.

Apenas 0,6% das escolas brasileiras têm infraestrutura próxima da ideal para o ensino, isto é, tem biblioteca, laboratório de informática, quadra esportiva, laboratório de ciências e as dependências adequadas. Esses itens são mínimos e precisam estar em bom estado, segundo o Custo Aluno Qualidade Inicial – índice elaborado pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação.

Na cidade considerada a capital brasileira da agroindústria, os índices não são positivos, os estudantes da escola Valesca Parizotto estão cientes que a chuva não foi à única responsável pela queda do muro, como coloca a presidenta da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de Chapecó (UMES-Chapecó), Talia Leite: “A condição foi piorando com as más condições que a escola vem enfrentando ao longo dos anos, precárias”.

Tal como o problema, a luta por resolvê-lo já leva anos. Órgãos competentes foram chamados mas nada foi feito, a resposta obtida pelo corpo estudantil foi de que essa não é a única escola que precisa de melhorias, outras estão piores e devem ser reconstruídas primeiro. A líder estudantil Talia fala das dificuldades que a situação trás: “Não podemos deixar que o resto do muro caia, para o governo tomar uma atitude, queremos respostas!  A indignação é muito grande, não podemos mais conviver com o medo de que o ventilador e o teto caiam sobre nossas cabeças”.

Durante a manifestação, motes e soluções foram apresentados, como os 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do país em investimentos na educação, para melhorar o ensino, com professores valorizados e uma estrutura adequada, para comportar os estudantes em tempo integral. Representando a entidade local, Talia finaliza: “Os estudantes pedem mais atenção ao patrimônio das escolas que frequentam, não é só um muro é a construção do nosso futuro, a base para um ensino de qualidade”.

Da Redação