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Chega ao fim a greve dos professores do RJ que mobilizou o país

Depois de 77 dias chegou ao fim a greve dos professores do município do Rio de Janeiro. A mobilização foi responsável por mobilizar todo o país entorno das principais pautas rumo à mudanças na educação 

A assembleia que decidiu na última sexta-feira (25) pelo fim da greve durou quase oito horas e a categoria precisou de três votações para se chegar ao resultado. A mobilização que uniu diversos setores da educação construiu mais um momento em que as pautas educacionais ganharam destaque em manifestações de comoção nacional.

Para o presidente da União Estadual dos Estudantes Secundaristas do Rio de Janeiro (UEES), Gabriel Lopes, a greve chega ao fim sem soluções concretas, mas foi capaz de expressar sua capacidade de unir diversos setores sociais entorno das pautas educacionais.  “Sem dúvidas, foi uma greve importantíssima, justamente por seu caráter mobilizador que reuniu diversos setores, que sensibilizados com a causa dos professores, da educação oferecida nas salas de aula e dos próprios estudantes, trouxe à tona as questões estruturais que precisamos mudar”,  comentou.

O líder estudantil participou das diversas manifestações que reuniu milhares nas ruas do Rio de Janeiro desde 8 de agosto. Discutindo a revisão do plano de cargos, o papel da escola e a reforma pedagógica, passados dois meses de tentativa de diálogo com o governo do estado, a paralisação chega ao fim. Para repor o tempo parado, estão previstas aulas aos domingos.

A proposta de suspensão da greve surgiu depois de audiência realizada no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. Comandada pelo ministro Luiz Fux, a reunião teve a presença de autoridades dos governos estadual e municipal, além de representantes do sindicato. Foi firmado um acordo que estabelece, entre outros tópicos, que as faltas durante o período de greve seriam abonadas, e o ponto dos profissionais não seria cortado. Os professores terão, no entanto, que repor todas as aulas que deixaram de ser aplicadas.

“Ainda tem muita luta pela frente, os estudantes estarão acompanhando de perto a continuidade dessas reivindicações que pautou nas ruas não só salário dos professores, mas também a questão curricular, a infraestrutura das escolas”, conta evidenciando os interesses coletivos que comporam o ato dos profissionais da educação.

As multas aplicadas ao Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) durante o processo de paralisação também serão revogadas pela secretaria. Um grupo de trabalho que vai discutir questões prioritárias da categoria começará a ser formado em fevereiro do ano que vem.

Da Redação