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CONUBES DISCUTE AS NOVAS DIRETRIZES DO ENSINO MÉDIO

Estudantes se reuniram com representantes do movimento de professores e do Conselho Nacional de Educação

No país em que a população de 15 a 17 anos soma 10, 3 milhões, apenas 50% destes estão matriculados no ensino médio, dado impactante que foi colocado em debate nesta sexta-feira (2/12) no 39º Congresso da UBES que aconteceu em São Paulo no Expo Center Norte.

A mesa, que reuniu cerca de 200 estudantes, foi composta por José Fernandes, professor e conselheiro do Conselho Nacional de Educação; Neuza Santana, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza (Sinteps); Douglas Izzo do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), e os diretores da UBES de Santa Catarina, Anderson Oliveira, e do Ceará, Renata Beatriz.

Em discussão esteve a formulação de novas alternativas para o ensino médio do país. As propostas para essa reforma estão no documento redigido pelo Conselho Nacional de Educação, que será apresentado às escolas no próximo ano, sem nenhuma obrigatoriedade, cabendo à cada escola sua aplicação, como afirma o conselheiro José Fernandes:

“O que precisamos é levar esses debates às escolas, assim teremos a revolução e a mudança do ensino médio, sua melhoria se dará através da definição de sua identidade e finalidade. Entendemos que o ensino médio deve preparar os jovens para continuidade seus estudos, o mundo do trabalho, cidadania a vida dos estudantes”

Bandeiras de lutas e conquistas da UBES, como o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), estiveram na pauta. O professor Douglas Izzo pontuou essas questões: “Um ensino público e de qualidade só será possível quando as escolas tiverem aporte para receber os estudantes. Por isso, nós defendemos 10% do PIB e 50% do Fundo Social do Pré-Sal para a educação”.

 A VOZ E A VEZ DOS ESTUDANTES

Os 120 estudantes que participaram do debate apresentaram as necessidades de mudança na realidade das 12 mil escolas representadas pelo 39º Conubes e falaram em nome de seus estados.

“Para haver essa reforma, precisamos de professores qualificados e escolas bem estruturadas. Os professores precisam saber o que será feito, ter preparação em suas universidades. Somente com investimento na qualificação dos nossos professores e laboratórios poderemos melhorar as escolas do país”, disse Andressa do Rio Grande do Sul. Palavras de ordem como “professor é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo”, acompanharam as falas dos estudantes.

As novas diretrizes do ensino médio deverão ser acompanhadas de perto pela próxima gestão da UBES, na construção de uma escola mais acessível, com qualidade e capaz de transformar toda a sociedade brasileira.

Suevelin Cinti