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Contra arrocho na Educação, juventude terá jornada de lutas

Por conta da tesoura em R$3 bilhões no orçamento da pasta, o movimento estudantil pressionará o governo com grandes mobilizações.

O anúncio do corte de R$3 bilhões no orçamento da Educação anunciado na última segunda-feira (28) foi entendido pelos movimentos sociais – e principalmente o estudantil – como um retrocesso no crescimento contínuo visto nos últimos anos. Ao contrário do que foi dito no primeiro pronunciamento da presidenta Dilma Rousseff, a equipe econômica do Planalto conteve a ampliação das transformações do Brasil via ensino público ao estabelecer uma verba menor ao setor.

Em plenária junto aos movimentos sociais na segunda-feira, foi sugerido um Dia Nacional de Lutas unificado com entidades representativas dos estudantes e centrais sindicais, a fim de colocar na pauta temas essenciais como as Reformas Política e Agrária, a Reforma na Educação e a democratização dos meios de comunicação.

No mesmo tom segue a UNE. Segundo o presidente Augusto Chagas, o corte é inaceitável e vai na contramão daquilo que representou a eleição de Dilma. Chagas contesta as prioridades do governo, que no ano passado despendeu R$250 bilhões só para o pagamento de juros. Segundo ele, haverá manifestações dos estudantes entre os dias 21 e 24 de março, com centenas de ocupações e passeatas nas principais capitais de todo o país.

O ministro da Educação Fernando Haddad também se posicionou sobre a decisão do governo e, servindo de vidraça, tentou amenizar a notícia afirmando que o corte não irá afetar o ritmo de expansão. “Nosso orçamento iria de R$62 bilhões para R$70 bilhões. Agora vai para R$69 bilhões. Em 2002, era de R$17 bilhões. Os compromissos estão mantidos. E para seguir o ritmo da expansão, quero tranquilizar a todos que cumpriremos a nossa parte”, disse Haddad.

Vale lembrar que a Jornada de Lutas dos estudantes para 2011 pretende exaltar a discussão de dois pontos importantíssimos na agenda política para garantir, de fato, que tal expansão seja concretizada: a destinação 10% do PIB e de 50% do Fundo Social do Pré-Sal (este último vetado ainda no governo Lula) ao orçamento do setor.