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Amanhã, estudantes latino-americanos se reunirão no 16º CLAE

A abertura do 16º Congresso Latino-Americano e Caribenho de Estudantes (CLAE) acontece amanhã como importante espaço de discussão para definir os rumos da educação no continente.

Do Portal da UNE

Na cidade de Montevidéu, no Uruguai, do dia 10 a 14 de agosto, de acordo com o comitê organizador do encontro, mais de três mil delegados já confirmaram presença. Na ocasião, questões como a regulamentação do ensino privado, o fortalecimento da educação pública e a mobilidade acadêmica serão temas fortemente discutidos. A UNE se prepara para levar uma delegação de 500 estudantes, em sua maioria do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, mas está tentando viabilizar a ida de mais 150 estudantes do centro e do norte do Brasil.

A delegação brasileira levanta como principal bandeira no fórum a integração latino-americana para um desenvolvimento soberano do continente por meio da educação. “Defendemos um projeto de desenvolvimento do Brasil, mas isso só é possível com um desenvolvimento solidário ao da America Latina. Queremos, com nossa participação, fortalecer essa integração por meio da educação”, explica o presidente da UNE, Daniel Iliescu.

Um dos principais debates levantados no Congresso será a criação de um plano de mobilidade acadêmica para o continente, que preserve o caráter público do ensino e que contribua para a integração justa e solidária dos países da região. “Esse é um elemento muito importante para a integração, e que atualmente não é promovido por nenhum governo na América Latina”, comenta o diretor de Relações Internacionais da UNE e Secretário Executivo da OCLAE, Mateus Fiorentini. “Vamos dar visibilidade a duas experiências concretas que o Brasil tem nessa área, que são a UFFS (Universidade Federal da Fronteira do Sul) e a UNILA (Universidade Federal Da Integração Latino-Americana)”, complementa Iliescu.

As recentes manifestações dos estudantes chilenos contra o governo e a mercantilização da educação também estarão no eixo dos debates do congresso como motivação para se discutir a organização dos movimentos sociais na América Latina. “Os estudantes estão protagonizando essas manifestações contra o governo e esse processo de confronto tem gerado, além do desgaste do governo, um amadurecimento do movimento estudantil do país. Isso culminará em uma organização nacional, que eles ainda não têm”, conclui Mateus.

A direção da UNE também se mobiliza para levar a Montevidéu membros de entidades parceiras para compor as mesas de debate e qualificar ainda mais as discussões. “Abordaremos o tema “Olimpíadas” e queremos levar alguém do ministério dos esportes para falar sobre como o evento pode ser mais um elemento de fortalecimento da integração do continente”, explica Mateus.

No congresso acontecerão conferências com os temas “A crise do capitalismo e suas alternativas na América Latina”, “Educação Pública no século 21” e “A Unidade dos Movimentos Sociais e o compromisso do Movimento estudantil na luta emancipatória continental”. Além disso, o evento reunirá as comemorações dos 45 anos da Organização Continental Latinoamericana e Caribenha de Estudantes (Oclae). O encontro será encerrado no domingo, dia 14, com uma Tribuna Antiimperialista, e a Plenária final, que aprovará resoluções e elegerá a direção da Oclae.