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Alunos chilenos acusam governo de querer romper diálogo

A Confederação dos Estudantes do Chile (Confech) acusou o governo de tentar romper o diálogo. 
 
DO PORTAL VERMELHO

Com o anúncio de que as penas para quem ocupar as instituições de ensino serão aumentadas. Apesar disso, os estudantes ratificaram sua disposição em manter a conversa agendada para a quarta-feira (5).

De acordo com o presidente da Federação dos Estudantes da Universidade Católica, Giorgio Jackson, “sempre antes das reuniões, o governo trata de mandar sinais tentando quebrar os espaços [de diálogo] e não entendemos o porque disso, mas nós vamos continuar colocando nossas demandas”.

O presidente dos estudantes da Universidade de Concepción, Guillermo Petersen, por sua vez, expressou que o governo “usa constantemente metodologias de amedrontamento e ameaças tanto políticas quanto administrativas, como fez com a questão das bolsas e dos recursos das instituições”. “Eu acredito que o governo não tem uma intenção de resolver o conflito e de chegar a uma boa solução”, reagiu.

Já o dirigente da Federação Mapuche de Estudantes, José Ancalao, opinou que o governo está provocando o movimento. “Nós lamentamos a postura que o governo está adotando antes da mesa que temos na quarta-feira porque vemos que existe uma certa provocação antes da reunião, algo que está tensionando a relação”.

No domingo, o mandatário chileno, Sebastián Piñera, assinou um projeto de lei para a reforma do Código Penal que prevê o endurecimento da pena a quem agredir policiais durante manifestações públicas e que estabelece como crime a “ocupação ou invasão ilegal de imóveis”, entre eles,  escolas e universidades, e o bloqueio do livre e a interrupção de serviços públicos.

O projeto aponta para a principal medida de pressão do movimento estudantil que há cinco meses reclama por reformas estruturais para a educação. Parlamentares da oposição criticaram a medida, acusando o presidente de querer “criminalizar o movimento”.

Apesar da ofensiva do governo, as manifestações continuam. A Assembléia Coordenadora de Estudantes de Escolas Técnicas Profissionais do Chile convocou uma greve nacional nesta terça-feira, para rejeitar o lucro nesse tipo de instituição de ensino.

De acordo com Cristian Pizarro, um porta-voz dos estudantes do ensino técnico profissional, o governo chileno só defende os interesses dos particulares que lucram. “O governo realmente precisa encontrar soluções, porque não vamos parar as manifestações”, disse Pizarro.

“A educação profissional técnica no país tem graves deficiências pedagógicas e se observa que aqueles que trabalham como professores não estão preparados para o trabalho de formação”, disse o presidente da Colégio de Professores, Jaime Gajardo.

Como parte da jornada de protesto está marcada uma marcha a partir de Plaza Italia em Santiago para o Parque Almagro, evento apoiado pelo sindicato dos professores, a Confederação de Estudantes do Chile e da Central Unitária de Trabalhadores, entre outros.